Escarlate

A adolescente Escarlate tinha cartoze anos de idade, dona de belos cabelos ruivos e lindo rosto pueril, acompanhado por olhos azuis vividos. Residia junto com a mãe na floresta, dentro de uma esplendorosa casa cuja visão externa transparecia a cor vermelho suave. Certa vez, numa ensolarada tarde de primavera, retornando da escola, mal chegou a casa e ouviu a mãe lhe pedindo para ela levar um cesto de vime para avó. Havia dentro do cesto um bolo de ameixa, garrafa de vinho, fatias de queijo e folhas de chá dentro de um embrulho plastico. Além de levar as saborosas alimentações, a mãe queria que a filha soubesse qual estado de saúde da velha, pois a própria odiava celulares, preferindo a profunda introspecção. Essa escolha particular feita pela idosa , fazia tanto a mãe quanto a filha, ficarem bastante preocupadas, devido a falta rapida de comunicação.Se bem que as únicas tecnologias que a velha não abdicava de usar, era o seu notebook e o seu som portátil, útil a ouvir musicas clássicas, religiosas e outras canções suaves. Também não poderia ser esquecido a presença na sala, um televisor de tela plana, 22 polegadas, junto a um aparelho blu-ray, qual assistia filmes em discos de Dvd e Blu-Ray, quando se encontrava livre das tarefas domesticas. Mesma pouco cansada, Escarlate sentiu-se alegre em ir ver novamente a avó.

Pouco tempo depois, andando na estrada do bosque, encontrou o amigo Cássio Lobo, jovem astuto e sagaz em 24 anos de vida. Ele perguntou onde Escarlate estava indo . A menina sem perceber o olhar maldoso do rapaz, respondeu que iria levar o cesto com os quitutes e garrafa de vinho até a avó, para ver-la como estava no estado referente a saúde tanto físico como emocional. Mal sabia a garota que estava frente a frente com o terrível ''Predador das Feras", alcunha dada aos brutais delitos cometidos pelo assassino em série.

Cássio tinha encerrado as ondas de assassinatos de meninas adolescentes e jovens mulheres durante três anos. Após cometer os assassinatos, desenhava na testa das vitimas mortas, o desenho de diversas feras, expondo com prazer o seu proprio modus operandi. Podia ser a cabeça de um leão, urso,leopardo e demais felinos ou criaturas selvagens, revelando a selvageria doente. Exceto a figura dada ao seu sobrenome, não desenhava , pois queria evitar a associação a sua pessoa. A tinta usada era de tons escuros densos. Sentia-se poderoso em escapar impune dos crimes cometidos. Após o hiato paralisante a praticar atrocidades contra garotas e mulheres inocentes, a sede de sangue retornou ao coração maldoso. Agora a vitima estava lá. Mas não poderia cometer o terrível ato oriundo da cruel mente naquele lugar do bosque, pois naquele momento seria bem imprudente. Não queria que os gritos dela soassem na floresta,pois chamaria atenção de lenhadores ao redor. Então sugeriu ela que colher-se algumas flores para levar a avó, incluindo nastúrcios e avelãs, formando o lindo buquê. Escarlate aceitou a ideia. Nesse momento, Lobo se despediu e foi andando fazer o contorno a uma estrada que chegaria mais rápido a casa da avó. Conhecia de vista e sabia de cor a onde a velha mulher residia. Quando chegasse lá, dominaria a velha, exigindo que entrega-se a chave da picape, matando-a em seguida através do estrangulamento. Depois,esperaria Escarlate chegar, ameaçando-a que se não fizesse que ele queria, um compassa assassinaria a sua mãe. Tendo tudo sob o controle, levaria a garota com ele até o veiculo, dirigindo até a uma propriedade isolada a cerca de doze milhas, onde seu finado pai o presenteou como presente do decimo e oitavo aniversario. Lá passaria mais tempo, se divertindo conforme os seus desejos macabros . Planejava levar mais tempo mantendo-a refém do que outras vítimas

O papai ficaria feliz e orgulhoso se estivesse vivo. O pilantra sentia satisfação por herdar os gêneses homicidas. Com o plano em mente, seguiu ao local, alvo de sua empreitada. Dez minutos depois, Escarlate chegou a casa da amada avó. Prestes a bater na porta, ouviu a voz feminina madura xingando: Canalha, estupido e desgraçado!Agora vai para o inferno arde em chamas, desgraçado!Eu sabia, eu sabia.!

-Vovó. Vovó. Esta tudo bem?

-Escarlate, meu amor, você não vai acreditar.

-O que?

-Eu acabei de matar um bandido, crápula!-Cuspia as palavras num misto de raiva e de adrenalina,Dona Amelia.-Por sorte eu tinha junto comigo a arma no bolso do meu vestido. O cretino tentou me surpreender pulando a janela aberta do meu quarto. Se não fosse minha audição, estaria morta. Ouvir os passos dele antes mesmo de invadir casa. Quando me viu na sala, ficou surpreso a me ver apontando a arma. Ele segurava uma pequena faca. Tentou me convencer, dizendo que ia sair e nunca mais voltaria a causa pertubação. Mas eu sabia o motivo. Então ele começou a andar lentamente em minha direção. Foi nesse exato momento, que o patife decidiu correr em minha direção a mim, querendo me desamar. Só que ele não contava com os meus cinquenta anos prestados na policia- Mesmo aposentada,seu instinto de segurança continuavam apurados.

- Atirei nele e ele caiu morto no chão.-O tiro atingiu o peito esquerdo de Cássio, perfurando o coração.

Quando a Sra.Amelia revelou que o meliante era Cássio, Escarlate ficou assustada. O tempo todo nunca imaginou que o Lobo era um verdadeiro animal selvagem a querer atacar-la.

-Vovó, abra a porta, eu quero te ver.

-Não vou deixar ver essa cena ruim, Escarlate. - Dona Amelia se referiu ao corpo morto do invasor estendido a sala.

-Tudo bem,não precisa me deixar eu entrar, apenas abra a porta, por favor.

Dona Amelia abriu, Escarlate deixou a cesta aos seu pé esquerdo, e então ambas se abraçaram num emocionante abraço.

-Eu te disse que ele era um rapaz mau, minha querida neta.

-Como você sabia?- Perguntou com a voz entrecortada, Escarlate.

-Ah, meu amor, os antigos tempos junto com o seu saudoso avô na corporação policial, me ensinou que em determinados momentos o coração conhece o mal avista sem exigir provas que é o próprio mal disfarçado de pessoa agradável aos olhos. O mal não tem escrúpulos quanto a se disfarçar de criatura gentil a destruir vidas.

Bem, pouco antes da garota chegar, Dona Amelia tinha ligado para a policia. Ficaram esperando aparecer os investigadores.

-.Vou ligar para mamãe, agora, certo?

-Claro, amor. Ela precisa saber.-Aprovou a avó

Escarlate pegou o celular no bolso direito frontal da calça, para informa sobre o acontecimento inesperado.

M N Salomão
Enviado por M N Salomão em 25/09/2023
Reeditado em 26/09/2023
Código do texto: T7894058
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