O Telefonema

. Parou perto dela e tentou imaginar como seria sem o pai ali, depois sentou no sofá ao lado sem querer pegar no sono, mas tendo que resistir as pálpebras que insistiam em se fechar, não aguentou e pegou novamente no sono. E só acordou com tintilar do telefone que o despertou com o pulsar do coração acelerado, como quando se acorda de um pesadelo e ele pressentiu que seria informações sobre seu pai, mas a mãe já tinha levantado e ela então ergueu o telefone do gancho e colocou no ouvido, as cenas que vieram a seguir foram lastimável e se seguiam para ele em câmera lenta, foi até possível ele perceber que os lábio que antes eram de um tom de vermelho escarlate foram para um cinza seco, que nem do avô de Carlos seu vizinho quando a ambulância veio busca-lo e ele nunca mais voltou, as palavras que foram proferidas eram essas, não! não acredito no senhor! o senhor está mentindo estou indo para aí! e ela solta o telefone que fica balançando pelo fio, e uma voz covarde e baixa tenta encontrar alguém e não consegue. E a mãe se desmancha no sofá entre choros e soluços, sem perceber que o filho está ali presenciando tudo.

Antonio Ricardo Lopes
Enviado por Antonio Ricardo Lopes em 24/09/2013
Reeditado em 13/10/2013
Código do texto: T4496090
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.