Inferno de Sangue
Raquel acordou assustada, ao tentar se levantar a sua cabeça bateu na porta de um freezer. Sentiu um frio imenso envolver o seu corpo. Sentia espasmos, contração muscular, tremores, sonolência. Seu corpo se encontrava envolvido em plástico. Raquel tentou se levantar mais uma vez e a porta do freezer horizontal se abriu, não conseguiu suportar o esforço e sua costa voltou ao fundo do freezer. Novamente ela tentou se erguer e conseguiu se arrastar até o seu corpo cair bruscamente no chão de um porão. A sensação de frio continuava com tremores, letargia motora, espasmos musculares. O seu corpo frio mostrava as extremidades com tonalidade acinzentada, arroxeada. Sua mente se voltava contra ela levando-a a uma confusão mental.
Se escorando, cambaleando, conseguiu observar ao seu redor. Um freezer escorado em uma parede, este que acabara de sair. Jornais velhos amontoados. Um chão frio, cinza, algumas estantes empoeiradas. Um som contínuo, parecendo o arrastar de uma porta alertou-a da possibilidade da entrada de uma pessoa no ambiente.
Assustada procurou se esconder por trás dos jornais empilhados. O som de passos seguiu-se após o rangido da porta, como se a descer uma escada, passos que a cada segundo aumentavam em intensidade elevando o grau de angustia e medo. A figura se aproximou do freezer, observou-o por poucos segundos e aumentou a velocidade de seus atos, girando cento e oitenta graus em seu próprio eixo iniciou uma caminhada rápida que o levou até a escada, subindo-a, abrindo e saindo pela porta.
Uma pequena esperança surgiu ao observar a repentina reação do possível agressor, Raquel saiu de seu esconderijo, caminhou até uma escada e lentamente superou os degraus até chegar a uma porta, abriu-a e pode sentir uma forte pancada em sua face. Seu corpo foi lançado para trás, rolando pela escada parando no último degrau desfalecido.
Tiras bem afiveladas seguravam braços e pernas. Um lençol branco, estendido em uma cama tomava todo o corpo a partir dos pés até chegar ao pescoço. Uma luz de grande intensidade iluminava todo cômodo, totalmente coberto por um revestimento abafador de som. O rosto suado, olhos assustados observavam a estrutura que tinha apenas uma porta e nesta uma pequena janela protegida por uma grade de aço. A porta se abriu lentamente e uma pessoa de jaleco entrou e se aproximou:
- Quem?
- Quem o que?
- Quem!
- Não sei do que o senhor está falando. - Raquel chorava enquanto implorava para ser compreendida.
A porta se fechou. Passado alguns minutos novamente se abriu. Uma mulher vestida de enfermeira entrou no quarto e começou a cortar as tiras que prendiam Raquel. Uma voz baixa fala-lhe ao ouvido: - Corra. - Iniciou-se então uma corrida alucinante. Saindo pela porta Raquel começou a passar por um corredor extenso. Escorado nas paredes corpos mutilados apontavam para uma saída nos fundos. Suas pernas tremiam enquanto ao longe ela percebia uma mão, um rosto conhecido, que lhe apresentava outra saída para sua angustia. Em seu desespero segurou fortemente a mão que lhe trazia segurança e seguiu em sua corrida pela vida.
...
- O que ela tem? – Perguntava uma enfermeira ao auxiliar uma colega no transporte de um interno.
- Parece que ela está perdida em um mundo unicamente dela. Sempre que a transporto para levá-la a um exame ela arregala os olhos. Ela é uma vítima das agressões da Rua Maestro!
- Que triste.
- Verdade, ela ficou assim depois que descobriu que o agressor era o seu próprio irmão Rogério.
- O que será dela agora.
- Talvez baste ela sair desta loucura, escolhendo o caminho certo em sua mente. Mas não tenho certeza, quem sabe o que passa dentro de uma cabeça em loucura.
- Olha, mais um espasmo.
...
Raquel acordou assustada, ao tentar se levantar a sua cabeça bateu na porta de um freezer. Sentiu um frio imenso envolver o seu corpo. Sentia espasmos, contração muscular, tremores, sonolência. Seu corpo se encontrava envolvido em plástico. Raquel tentou se levantar mais uma vez e a porta do freezer horizontal se abriu, não conseguiu suportar o esforço e sua costa voltou ao fundo do freezer. Novamente ela tentou se erguer e conseguiu se arrastar até o seu...
Fim...
Raquel acordou assustada, ao tentar se levantar a sua cabeça bateu na porta de um freezer. Sentiu um frio imenso envolver o seu corpo. Sentia espasmos, contração muscular, tremores, sonolência. Seu corpo se encontrava envolvido em plástico. Raquel tentou se levantar mais uma vez e a porta do freezer horizontal se abriu, não conseguiu suportar o esforço e sua costa voltou ao fundo do freezer. Novamente ela tentou se erguer e conseguiu se arrastar até o seu corpo cair bruscamente no chão de um porão. A sensação de frio continuava com tremores, letargia motora, espasmos musculares. O seu corpo frio mostrava as extremidades com tonalidade acinzentada, arroxeada. Sua mente se voltava contra ela levando-a a uma confusão mental.
Se escorando, cambaleando, conseguiu observar ao seu redor. Um freezer escorado em uma parede, este que acabara de sair. Jornais velhos amontoados. Um chão frio, cinza, algumas estantes empoeiradas. Um som contínuo, parecendo o arrastar de uma porta alertou-a da possibilidade da entrada de uma pessoa no ambiente.
Assustada procurou se esconder por trás dos jornais empilhados. O som de passos seguiu-se após o rangido da porta, como se a descer uma escada, passos que a cada segundo aumentavam em intensidade elevando o grau de angustia e medo. A figura se aproximou do freezer, observou-o por poucos segundos e aumentou a velocidade de seus atos, girando cento e oitenta graus em seu próprio eixo iniciou uma caminhada rápida que o levou até a escada, subindo-a, abrindo e saindo pela porta.
Uma pequena esperança surgiu ao observar a repentina reação do possível agressor, Raquel saiu de seu esconderijo, caminhou até uma escada e lentamente superou os degraus até chegar a uma porta, abriu-a e pode sentir uma forte pancada em sua face. Seu corpo foi lançado para trás, rolando pela escada parando no último degrau desfalecido.
Tiras bem afiveladas seguravam braços e pernas. Um lençol branco, estendido em uma cama tomava todo o corpo a partir dos pés até chegar ao pescoço. Uma luz de grande intensidade iluminava todo cômodo, totalmente coberto por um revestimento abafador de som. O rosto suado, olhos assustados observavam a estrutura que tinha apenas uma porta e nesta uma pequena janela protegida por uma grade de aço. A porta se abriu lentamente e uma pessoa de jaleco entrou e se aproximou:
- Quem?
- Quem o que?
- Quem!
- Não sei do que o senhor está falando. - Raquel chorava enquanto implorava para ser compreendida.
A porta se fechou. Passado alguns minutos novamente se abriu. Uma mulher vestida de enfermeira entrou no quarto e começou a cortar as tiras que prendiam Raquel. Uma voz baixa fala-lhe ao ouvido: - Corra. - Iniciou-se então uma corrida alucinante. Saindo pela porta Raquel começou a passar por um corredor extenso. Escorado nas paredes corpos mutilados apontavam para uma saída nos fundos. Suas pernas tremiam enquanto ao longe ela percebia uma mão, um rosto conhecido, que lhe apresentava outra saída para sua angustia. Em seu desespero segurou fortemente a mão que lhe trazia segurança e seguiu em sua corrida pela vida.
...
- O que ela tem? – Perguntava uma enfermeira ao auxiliar uma colega no transporte de um interno.
- Parece que ela está perdida em um mundo unicamente dela. Sempre que a transporto para levá-la a um exame ela arregala os olhos. Ela é uma vítima das agressões da Rua Maestro!
- Que triste.
- Verdade, ela ficou assim depois que descobriu que o agressor era o seu próprio irmão Rogério.
- O que será dela agora.
- Talvez baste ela sair desta loucura, escolhendo o caminho certo em sua mente. Mas não tenho certeza, quem sabe o que passa dentro de uma cabeça em loucura.
- Olha, mais um espasmo.
...
Raquel acordou assustada, ao tentar se levantar a sua cabeça bateu na porta de um freezer. Sentiu um frio imenso envolver o seu corpo. Sentia espasmos, contração muscular, tremores, sonolência. Seu corpo se encontrava envolvido em plástico. Raquel tentou se levantar mais uma vez e a porta do freezer horizontal se abriu, não conseguiu suportar o esforço e sua costa voltou ao fundo do freezer. Novamente ela tentou se erguer e conseguiu se arrastar até o seu...
Fim...