NO CONTRAPÉ
Ela foi pega de surpresa naquela noite. Saiu do trabalho e caminhava pela pracinha em direção a sua casa. Só pensava em chegar, tomar um belo e refrescante banho, botar um pijama aconchegante, tomar a sopa de inhame com alho poró (sempre mantinha alguns potes no freezer) e dormir… Dormir muito pois era do que mais ela precisava naquela noite - a primeira que passaria sózinha.
Girou a chave na fechadura e estranhou o fato de que a porta não estava trancada, como sempre ficava, quando saía pela manhã, para trabalhar. Sentiu certo calafrio, mas entrou no apartamento, mesmo assim. Escorregou a mão pela parede, buscando o interruptor, mas a luz não se acendeu. A sala permaneceu às escuras.
O silêncio reinante ali começou a assustá-la quando, no contrapé, sentiu duas mãos fortes a agarrá-la por trás, quase dominando-a por completo. Viu-se fragilizada, perdendo a agilidade de suas pernas, o suor lhe escorrendo pelo pescoço, as mãos trêmulas.
Com a voz embargada pelo medo, fez um esforço quase sobre humano para murmurar:
- O que você quer de mim? Por favor, me solte!
E, aquela voz conhecida, tão amada, mas que ela pensou nunca mais ouvir tão perto, respondeu:
- Só quero dizer que eu te amo e que nunca mais vou te deixar.
Ela foi pega de surpresa naquela noite. Saiu do trabalho e caminhava pela pracinha em direção a sua casa. Só pensava em chegar, tomar um belo e refrescante banho, botar um pijama aconchegante, tomar a sopa de inhame com alho poró (sempre mantinha alguns potes no freezer) e dormir… Dormir muito pois era do que mais ela precisava naquela noite - a primeira que passaria sózinha.
Girou a chave na fechadura e estranhou o fato de que a porta não estava trancada, como sempre ficava, quando saía pela manhã, para trabalhar. Sentiu certo calafrio, mas entrou no apartamento, mesmo assim. Escorregou a mão pela parede, buscando o interruptor, mas a luz não se acendeu. A sala permaneceu às escuras.
O silêncio reinante ali começou a assustá-la quando, no contrapé, sentiu duas mãos fortes a agarrá-la por trás, quase dominando-a por completo. Viu-se fragilizada, perdendo a agilidade de suas pernas, o suor lhe escorrendo pelo pescoço, as mãos trêmulas.
Com a voz embargada pelo medo, fez um esforço quase sobre humano para murmurar:
- O que você quer de mim? Por favor, me solte!
E, aquela voz conhecida, tão amada, mas que ela pensou nunca mais ouvir tão perto, respondeu:
- Só quero dizer que eu te amo e que nunca mais vou te deixar.
(Milla Pereira)
Este texto faz parte do EC
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