LOVE STORY

Helena era uma jovem de quatorze anos.

Desejava que o tempo passasse rápido, pois pediu a seus pais uma viagem para a Califórnia, quando completasse quinze anos. Iria com um grupo de amigas todas da mesma idade.

Era uma menina romântica. Já tinha ficado com alguns garotos, mas dizia ainda não ter encontrado o seu “príncipe encantado". Sim, idealizava o futuro namorado.

Seria carinhoso, romântico, gentil, educado e que a amasse muito. Não se incomodava com a parte física. Isso dizia não importar.

O tempo foi passando

Chegou o grande dia, seus quinze anos.

Festejou com os pais, amigas e alguns familiares em um Shopping.

O que realmente estava desejando com ansiedade, era a viagem tão sonhada. Ficava sem fôlego só em pensar que ia para Califórnia, daí a alguns dias.

Enfim, chegou o tão sonhado dia. Seguiram para o aeroporto.

A estrada estava engarrafada. Parecia que todos se dirigiam ao mesmo tempo para o mesmo lugar.

Depois das devidas burocracias, dirigiram-se para o embarque.

Os pais das jovens fizeram várias recomendações a elas e aos responsáveis pela excursão.

Elas estavam radiantes. Não paravam de falar. Riam de tudo. A felicidade estava estampada em seus rostinhos.

Foi uma festa, pois estavam todas juntas. Podiam conversar bastante durante a viagem que já começara.

Não demorou muito, foram falando menos e adormeceram. O cansaço venceu as meninas.

O avião pousou. As meninas estavam animadas.

Estavam na Califórnia! Que Maravilha!

Rumaram para o hotel.

Era noite. Queriam que chegasse logo o dia seguinte para começarem a grande aventura.

Pessoas contatadas pela agência da excursão dariam o suporte necessário para que as jovens conhecessem tudo que estava no roteiro, principalmente São Francisco.

Helena e as amigas aguardavam no saguão do hotel com suas bagagens, quando um jovem aproximou-se do grupo.

Foi na direção da moça. Ela parecia estar hipnotizada, pois não desviava o olhar.

O rapaz também olhava para Helena com grande interesse.

Perguntou seu nome, de onde vinha, o que veio fazer. Coisas desse tipo, mas sem se importar realmente com as respostas.

As amigas foram saindo, acompanhando os empregados do hotel com as bagagens.

Os dois jovens ficaram conversando por algum tempo e despediram-se.

Combinaram um passeio para o dia seguinte.

Era um rapaz atraente. Alto, claro, louro, magro e com os olhos muito azuis. Estava de férias em São Francisco.

Helena ficou encantada por Philip.

Falou para as amigas que era o seu príncipe. Disse que ele era maravilhoso e mais uma porção de adjetivos...

As amigas começaram a zoar a garota, mas ela estava tão feliz que nem ligava!

Estava eufórica e dizia que realizou os seus maiores sonhos de uma só vez! Viajar e encontrar a sua alma gêmea! Que coisa inacreditável, comentava ela.

A menina quase não dormiu. Contava os minutos para amanhecer logo!

Olhava para os ponteiros do relógio e tinha a impressão que eles não andavam e sim se arrastavam!

Enfim o dia amanheceu.

Helena foi a primeira a se preparar para o café da manhã.

Será que seu amado estava esperando por ela?

Seu coração batia rapidamente. Desceu a escadaria e se dirigiu para o restaurante.

Sentou-se no lugar que lhe foi indicado e que felicidade! Philip veio e perguntou se podia sentar-se junto a ela. Helena estava nas nuvens. Falou que sim. Seria um grande prazer.

O rapaz estava ainda mais elegante e muito gentil.

Quando as amigas desceram, os dois jovens já estavam numa animada conversa no salão principal. Parecia que já se conheciam há muito tempo.

Foram dias maravilhosos. A adolescente estava numa paixão só! O jovem passou a fazer parte da excursão. Como conhecia bem a Califórnia, dava dicas aos guias e aproveitavam melhor ainda aquela viagem maravilhosa.

Todas as noites, quando se despediam, o rapaz lhe oferecia uma rosa vermelha linda!

Helena ficava emocionada, seu semblante iluminava-se e beijavam-se ardentemente.

As amigas perguntavam a Helena se ela teria coragem de se entregar ao rapaz. Se confiava mesmo nele. Ela respondia que sim, pois o amava com grande intensidade.

Passaram-se os dias e com eles a paixão da garota aumentava.

Naquela manhã a moça acordou pensativa.

Era o último dia da sua viagem. No dia seguinte iria embora. Sentia-se feliz e triste ao mesmo tempo.

Vivera a estória de amor mais linda da sua vida e agora, como seria dali em diante? Será que ele iria cumprir a promessa de revê-la?

O dia transcorreu normalmente.

Os dois enamorados estavam muito felizes, mas com fisionomias sérias e preocupadas.

O rapaz tinha pedido uma prova de amor a Helena e ela ficara indecisa.

Amava Philip, com paixão, mas tinha medo de não vê-lo nunca mais.

Tentava pesar os prós e contras.

Questionava consigo mesma. Se ainda não havia feito amor com nenhum garoto, era porque que não tinha amado verdadeiramente ninguém.

Pensava que fosse bem mais fácil decidir aquele impasse. Estava certa que o amava, mas será que era uma boa idéia entregar a ele?

Pensava nos seus pais. O que diriam se descobrissem? Lembrou de todas as recomendações, do carinho deles e principalmente da confiança depositada nela.

Estava mergulhada em seus pensamentos, quando alguém a tocou levemente.

Olhou. Era um garoto com um lindo ramo de rosas vermelhas. Vinha acompanhado de um cartão. Leu-o. Abriu um largo sorriso e pareceu que tudo voltara a ser maravilhoso. Sem dúvidas!

“O cartão dizia: Cada rosa relembra os dias maravilhosos que passamos juntos.Você me ama de verdade? Prove!”

Estava anoitecendo. O rapaz veio ao encontro dela. Olharam-se apaixonadamente.

Rumaram para o quarto do rapaz.

Entregaram-se àquele sentimento forte e que não dava mais pra segurar. Amaram-se. O dia amanheceu.

Helena estava feliz. Despediu-se apaixonadamente do amado.

Ele a abraçou e beijaram-se mais uma vez.

O jovem deu-lhe de presente, uma caixa com um laço cor de rosa.

A mocinha já ia desfazer o laço, mas foi impedida pelo jovem. Falou-lhe que era uma surpresa e queria que prometesse só abri-la quando chegasse à sua casa... Mais especialmente, em seu quarto.

A jovem, mesmo curiosa, concordou.

Durante a viagem Helena ia calada.

Imaginava o que teria dentro daquela linda caixa.

Será que era um anel de compromisso? Ou uma carta de amor? Ou o número do celular? Ah! Podia ser também o seu E-mail.

Nessa hora se deu conta que nunca falaram sobre como poderiam se comunicar depois. Que loucura!

A curiosidade aumentava mais e mais.

A viagem parecia interminável, até que adormeceu.

Foi despertada pelas amigas. Como sempre estavam alegres e falantes.

Desembarcaram e encontraram os familiares.

Abraçaram-se saudosos e com muita alegria.

Rumou cada qual para o seu destino.

Helena estava tensa. Queria chegar logo ao seu quarto para desvendar aquele mistério.

Enfim chegara!

A jovem subiu correndo as escadas para o seu quarto com a desculpa de tomar um banho. Depois contaria as novidades para todos.

Jogou-se na cama e desmanchou o laço da caixa. Dentro havia uma caixinha de música Era dourada e no interior revestida de veludo vermelho. Tinha várias divisões para colocar jóias .Tinha um casal de bailarinos.Deu corda na caixinha e eles rodavam como se dançassem ao som da música Love Story.Seu coração se encheu de grande emoção. Viu uma gavetinha trancada. Pegou a chavezinha que Philip lhe dera em uma linda correntinha que colocou em seu pescoço dizendo-lhe que saberia o momento certo de usá-la...

Abriu a gaveta.

Duas lágrimas rolaram dos seus lindos olhos verdes ao ler o que estava escrito.

O bilhete dizia:

“BEM VINDA, MINHA LINDA!

AGORA VOCÊ TAMBÉM PERTENCE AO MUNDO DA AIDS!”

Helena lembrou com horror que Philip se recusara a usar a camisinha e ela por sua vez ,por causa daquela paixão intensa,não deu grande importância a esse pequeno detalhe que agora,poderia lhe causar a morte prematura!

Em tempo caros leitores:

Este conto foi baseado e adaptado por mim, a partir de um E-mail, que me enviaram de autor desconhecido,mas que achei importante a divulgação deste alerta,pois não acontece só com os outros,pode acontecer também conosco ou com os nossos próximos. Cuide-se!Você é muito importante para todos que te amam!

Bjsssss poeticos.