Octaedri - 2

O linchamento para e o abade fulmina o intruso com o olhar.

- Como ousa me dar ordens?- O abade chuta a mulher e dá um grito de dor

colocando a mão na coxa pois, o cavaleiro arremessa um punhal na coxa do abade chamando a atenção dos soldados que se aproximam rapidamente.

O cavaleiro intruso empunha sua espada de dupla empunhadora e troca golpes com os soldados , ferindo um a um. São golpes certeiros com malabarismo. Os soldados correm feridos .

O abade aproveitando a confusão, retira o punhal de sua perna e o coloca no rosto da jovem.

-Pare ou a mato agora mesmo...

Um golpe de muita precisão é dado pelo intruso que faz com que o cabo

da espada acerte a cabeça do abade derrubando-o. Os sodados ficam aturdidos enquanto o homem ergue a jovem.

- Maldito seja!- Gritou o abade espumando de ódio.

- Cala a sua boca imunda.- Disse o homem golpeando-o de leve no queixo com a ponta da espada, ferindo-o.

-Entregue-me a criança !- gritou o homem com ar de revolta- E rápido e sem machucá-la.

A jovem , com muita coragem, retira de um só golpe, a espada cravada em seu ombro e corre para pegar a criança.

Os aldeões estão apavorado e desaparecem todos.

- Sabe o que fez, desconhecido?- Perguntou ela olhando-o dentro dos olhos.

- Coloquei meu pescoço na forca- e sorri coçando a cabeça da jovem- Não

me arrependo de nada!- E guarda a espada.

O desconhecido tem cerca de 1,75 m de altura e tem cabelos grisalhos.

Ele se abaixa e retira o anel de ouro do dedo do abade.

- O que pensa esta fazendo?- Perguntou a jovem com ar de desaprovação.

- Ele deve pagar pelo que fez-

- Jamais!- Exclamou a moça- Se fizer isso estará se rebaixando a ele-

- Prestou atenção, Abade?- Perguntou o cavaleiro devolvendo o anel para o abade - mesmo sendo maltratada ela não guarda rancor-

- Vocês estão na fogueira do inferno- fala o abade se levantando.

- desapareça daqui!

- O cavaleiro oferece a mão parão abade para que ele se erga de todo.

-Tire essas mãos sujas de mim-Disse o abade dando um tapa na mão do desconhecido. Então corre para o cavalo e monta-o rapidamente e sai

galopando.

-Está com a cabeça na forca tanto quanto eu- Disse a jovem fitando-o.

- Meu nome é Gutérres !- E fita a jovem - Para onde quer ir?-

- Entregar meu irmão com segurança para minha mãe e sumir pois, meus

familiares correm risco de morte se eu ficar aqui. Ou eles saem- olha para Guterres - Máryan!- Disse ela estendendo a mão para Guterres.

- Sei para onde devem ir.-

- Não posso ir com eles!

- Sei para onde te levar.

-Ninguém pode ficar comigo!- Fica com olhos meio triste- Estou marcada.

- Também estou- E sorri.

-O que vai fazer?

-Te levar para um lugar seguro.

- E tem lugar seguro?

- Vem comigo e estará em segurança- Vou te curar.

- Eu sei me curar.

- Então cure-se pois, temos muito a fazer antes que retornem para nos prender.

- Vamos para meu lar e me curar e curar meu irmão. Depois levá-lo para

minha mãe e desaparecer.

- Vamos logo então!

Ela segue a frente para um matagal enquanto Gutérres recolhe a imagem e corre para junto dela. O cavalo segue de perto.

Ela pega um atalho por entre pedras e logo se encontra diante de um casebre rústico. Ela entra fazendo sinal para ele entrar.

O local é bastante rústico e simplório.

Maryan coloca a criança na cama e coloca a mão natestadela.

- Cerridwen está curando ele pois, a febre está passando.

-Ótimo !- Disse Gutérres olhando tudo.

Pouco depois Máryan começa a amassar umas ervas e faz um unguento.

Faz uma pasta e coloca em sua ferida. Faz outra pasta com novas ervas e

coloca na boca da criança que come gulosamente. Gutérres só observa.

Então ela dá início a um ritual com palavras em aramaico e suas mãos tremem.

Gutérres não interfere, apenas se retira e vai para fora, onde observa tudo com cuidado vigiando a casa.

Continua...