Caminhada

Sai sem destino certo,o meu mundo estava deserto,

queria sentir algo mais perto.

Vago pelas ruas,essas que estão quase nua,de carros,

e pedestre acima, solitárias ruas,desertas dos seus

usuários costumeiros.

De vez em quando deparo,com a brisa,que trás o cheiro,

de poeira,e o suave,odor primaveril,

O vento passa rápido,meu corpo só por segundos,

sente,o perfume misto de relva e poeira.

Este vento não pede licença,bate forte em meu rosto,

necessário a sobrevivência,refresca

o ar e vai embora. O seu cheiro misturado sacia meu corpo

inteiro,mas muito ligeiro,me basta.

Tento ver além,de casas erguidas,no mesmo lugar,ao lado,

tem o correio,acompanha o supermercado,na solitária avenida.

Esta cidade é pacata,mas humilde ela cata,o meu ser para

habitar dentro dela.

Agora o calor vai embora,pois é a realidade,o sol despediu o

vento,atropelando forte,para cumprir seu papel de rei, e no

trono da cidade sentar.Mas este sol tão quente,parte do lugar,

dando o caminho a chuva,que chega mais forte ainda.

Essa chuva abençoada,empurra como enchurrada

as impurezas das ruas.

Volto para casa satisfeita,pensando nas maravilhas,

que vi,eu estava desanimada,depois dessa força

danada,vento,sol e chuva,fiquei aliviada em saber

que minha pacata cidade,é por Deus abençoada.