Das dores que eu sinto a pior é ser amada,
Chego no bar, sento na mesma cadeira,
Com o vestido preto curto,
Em parte transparente, provocativo,
Calcinha pequena, toda enfiada,
Sorrio, me sinto uma puta,
Me insinuo para um e para outro,
Vejo um macho a me encarar,
Troco olhares, acho que isto e vida, viver,
Sei la, quero ele na minha cama,
Dentro de mim, não lembro do meu homem,
Aquele que sempre jurei amar,
Ele está distante, em outra cidade,
Saiu para trabalhar,
Balanço a cabeça, prefiro não lembrar,
Neste momento, olho a frente,
Aquela placa vermelha em neon…
A mesma frase sempre me machucava,
La estava aquela maldita …
Quando a mulher nasce para ser puta, piranha,
Não ha príncipe que faça ela se transformar em princesa…
Por mais que seja amada, tudo o que quero é vadiar,
Deitar com um e com outro,
E assim se entregar,
Neste momento me lembro do ex,
Que somente sabia me acusar,
As lágrimas escorrem,
Me sinto tão suja, vulgar
Mas sabe que o tempo não vai voltar,
E com o homem amado,
Não poderei ficar
E logo com esta dor vou acostumar,
Escolhi ser a puta rameira,
Do seu amor,
Abrir mão e deixar para lá…
Será que em algum momento
Eu realmente soube amar?
Talvez durante oito anos,
Tudo que eu quis fazer,
Foi somente ter uma desculpa para escapar,
E como um treinamento
Esta puta me transformar...


 
oziel sarmento
Enviado por oziel sarmento em 10/07/2018
Reeditado em 17/07/2018
Código do texto: T6386802
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