A Druida e o Cavaleiro

Era uma vez, em terras bem distantes, um reino totalmente perdido e desconhecido. Numa noite trevosa e de maus agouros, uma druida um cavaleiro e uma jovem paladina, travavam uma batalha contra um exército muito poderoso.

Os inimigos estavam em maior número, e era um dever do cavaleiro proteger a bruxa e a arqueira não permitindo que nada as acontecesse. A arqueira, sempre acostumada a correr e atacar à longa distância, conseguiu fugir do exército que se aproximava, deixando a druida e o cavaleiro para trás. Ele então recusou-se a prosseguir, no intuito de lutar contra os soldados que ja os alcançavam. Sacrificaria a própria vida para que a druida pudesse também ter uma chance de escapar. Tinha alma de samurai. Morreu de espada em punho. A morte mais honrada para um cavaleiro e principalmente para um camponês.

Ele sentiu a terra rasgar-lhe os joelhos, pouco tempo depois de ter o peito dilacerado por golpes de espada, enquanto a druida, que assim como ele, também havia recusado a ideia de prosseguir, rezava aos Deuses da Natureza para que aquilo tudo não fosse em vão. Dizem ainda, que foi ela quem caiu primeiro, tentando lhe ajudar. Ela foi muito corajosa. E por isso suas almas foram recompensadas com amor e atemporalidade. Morreram olhando nos olhos de seus agressores.