As Crônicas de Vahl Hallen
 
Capítulo 2
 
   Algo estava estranho nos arredores de Vahl Hallen, o grande castelo do reino exalava desespero. A notícia que o filho de Estefan, Victor, rei do reino do Sul, havia se tornado maligno, afetará a cabeça de todos. O que fariam agora, como proteger seu mundo das sombras?
   Enquanto os adultos discutiam, Scott e Olivier passeavam pelo lago de Oulier, fonte da magia das pequenas fadas. Haviam várias dúvidas em suas consciências, mas eles tinham total certeza dos perigos que existiam ali, por isso pensaram bem antes de cometer qualquer deslize.
-Não consigo entender o que está assustando tanto nossos pais. – Olivier argumentou.
-É simples, Victor era o grande prodígio de todo o império. Nossa esperança por mais alguns séculos de paz e segurança, mas se ele se voltou contra nós por algum feitiço, estamos completamente enrascados.
-Mas e os anciões?
-Eles são mais sábios que poderosos, não creio que terão chance contra Victor.
-Entendo, você mencionou um feitiço, e se houvesse um jeito de revertê-lo?
-No que está pensando Olivier?
-Temos de fazer alguma coisa, se o clã das bruxas foi chacinado, não teríamos problemas em entrar dentro dele.
-Você esqueceu que sair de Vahl Hallen é muito perigoso para qualquer um de nós, quantos anos você viveu entre os humanos?
-Quinze anos.
   Scott sabia que Olivier sempre tivera ideias estúpidas e perigosas, mas apesar disto, sabia também que está não era apenas uma ideia egoísta, pela primeira vez o amigo havia pensado em todos que moravam ali e não somente em seu próprio benefício.
   Duas noites depois ambos estavam próximos da escola, no lado oeste do castelo, seu plano era invadir e tomar posse de suas varinhas, porém, ambos esqueceram do alarme de segurança. Para dois bruxos que mal sabiam ainda se tele transportar, tiveram grande sucesso, indo parar a margem do lado em meio a escuridão de uma noite sem estrelas.
-Conseguimos! – Gritou triunfante Olivier.
-Até sermos descobertos. – Scott já previa o pior.
-Tudo bem, eu já havia combinado com Lisel para que nos protegesse.
-Lisel? – Perguntou Scott ainda confuso.
-Sim, a garota na aula de alquimia. – Ela veio da Alemanha, apenas com seu pai, Erik.
-Na verdade minha dúvida era por que ela nos ajudaria em algo, afinal, mal conhecemos ela.
-Diga isso você. – Retrucou Olivier. – Eu converso com ela a alguns meses. Como acha que minhas notas em alquimia aumentaram?
   Olivier e Scott correram pela floresta do Leste, com um encantamento que os tornava invisíveis. Logo chegaram a fenda da cordilheira de Telfin, mas para ultrapassá-la era necessário um feitiço especifico.
   Scott sentou-se em uma das pedras e aguardou enquanto Olivier tentava incansavelmente lembrar da fonética certa. Já escorrendo um pouco de suor por seus cabelos castanhos, mas nada que tirasse o brilho de seu olhar azul.
-Telfin-ir-lá-bouf – Uma voz baixinha conjurava a frase certa.
-Lisel! – Olivier correu até a pequena garota de cabelos negros.
-O que faz aqui? – Indagou Scott.
-Imaginei que fossem precisar de ajuda, conheço bem as dificuldades de Olivier.


 
 
 
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 20/10/2016
Reeditado em 26/10/2016
Código do texto: T5798100
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