A Academia - Capítulo 33

As pupilas do garoto dilataram, o ar esvaiu dos pulmões.

Por um segundo ele achou que fora atingido, mas algo estava entre ele e a lâmina de gelo.

Fantasma num impulso e uma velocidade sem igual estava entre os dois, a lâmina atravessava sua mão que sangrava tingindo-a:

- Nós combinamos. - Disse fria para Klyce, este apenas suspirou.

- Ele está no caminho. - Disse sério para a companheira.

Patri não entendeu a situação, recuou e se levantou:

- Não se mexa. - Ordenou Fantasma para Patri. - Ele está com uma intenção assassina.

Patri suava, havia sentido uma fração do poder de Klyce, ferido e cansado, era o suficiente para amedronta-lo:

- O que você quer me defendendo? - Gritou Patri para Fantasma.

A luz que envolvia-a foi se apagando, logo Fantasma se revelava outra coisa, uma mulher de cabelos curtos e olhos esverdeados.

Ela não precisou dizer uma palavra, ele sabia quem era aquela mulher, ele esperou a vida inteira por aquele momento, o momento que a porta de Luz havia revelado ao garoto, sua mãe estava viva.

Capítulo 33 - A guerra chega ao fim.

Patri abriu a boca, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa Klce avançou contra o garoto, Felicya impediu-o chutando-o para longe:

- Patrice, preciso do colar. - Disse Felicya para o garoto que ainda estava catatônico.

Patri apalpou a roupa, sabia que havia adentrado o campo com o colar em mãos, mas onde estaria:

- Devo ter deixado cair. - Disse o garoto. - Mas eu te ajudo!

Felicya encarou o garoto como ele nunca havia sido encarado antes:

- Não. - Disse, e o garoto não se atreveu a discordar.

Patri viu todos caídos ali e percebeu que não era sua luta, não mais.

Felicya correu para o campo de batalha, procurando pelo artefato que lhe concederia poderes.

Porém seria uma busca complicada e Klyce não iria aliviar.

O homem de preto tornou a avançar para Patri, porém a moça entrou no caminho novamente, Patri percebeu que seria um estorvo.

O garoto correu na direção da Academia, que já estava sem proteção, Klyce tornou a persegui-lo:

- Maldito. - Felicya precisava do colar, percebeu uma leve vantagem de Patri na fuga e tornou a procurar o catalisador o campo de batalha.

Patri entrou no salão principal e olhou em volta, lembrou do sentinela de pedra que ainda restava na torre da estrela, correu escada acima.

Klyce gritava enquanto perseguia o filho Academia adentro, soltava pequenos raios na estrutura, afim de desabar o local:

- Não tem escapatório! - Gritava Klyce enquanto perseguia Patri escada acima.

Patri chegou no portão dourado, que estava aberto e apertou o passo, chegado no corredor do sentinela, que permanecia imóvel:

- Preciso de ajuda, o antigo aluno de Lisa está aqui, ela está morta! - Gritou Patri para o sentinela, porém este permaneceu imóvel.

Klyce surgiu do outro lado do corredor, andando calmamente:

- Nada aqui vai me atacar garoto. - Disse tranquilo. - Eu seria o próximo Magician, mas Lisa tinha medo que isso se tornasse realidade.

Patri cerrou os dentes ao ouvi-lo falando de Lisa:

- Ela não tinha medo, você apenas não é digno. - Respondeu nervoso.

Klyce riu sincero:

- Lisa seria digna? Os 12 reis dignos? Você entrou na última porta garoto? - Disse ficando sério.

O coração de Patri palpitava:

- A coroa foi dada a eles pelo próprio Magician, a coroa que deu a eles o poder de conquistar o mundo dos homens. - Klyce suspirou. - Eu não sou o vilão aqui.

Patri se negou a ouvir qualquer palavra:

- Você é um assassino! Devolva Lisa! - Berrou o garoto.

Klyce estendeu a mão, uma pedra do tamanho de um coração brilhava intensamente, um brilho impossível de encarar diretamente:

- Esta não é mais Lisa. - Respondeu. - Esse é o destino de todo Magician, se tornar uma estrela totalmente.

Nesse momento o sentinela se levantou e posicionou-se:

- A Academia necessita disso. - Disso pausadamente avançando contra Klyce.

Este guardou a pedra novamente e se colocou a lutar corpo-a-corpo com o sentinela.

Aparentava cansaço porém vencia a luta, socando o rosto do sentinela de pedra deixando marcas de sangue e pele morta que ficava a cada porrada desferida.

Logo o sentinela pereceu:

- Acabou filho. - Disse Klyce conjurando um raio, porém antes de lança-lo uma parede espessa de madeira e plantas surgiu na frente do garoto, protegendo-o.

Felicya conjurou de trás de Klyce:

- Acabou pra você.

Pedro Kakaz
Enviado por Pedro Kakaz em 25/04/2016
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