A Academia - Capítulo 31

- Ta ótimo querida, fez sua parte. - Disse Magician batendo no ombro de Saturis que estava fumaçando literalmente.

A garota sorriu, os membros mecânicos esquentaram de uma forma que estavam acessos em cores diversas:

- Finalmente. - Sorriu Deus. - Terei uma luta de verdade.

Lisa franziu a testa:

- Não é quem eu esperava. - Disse fitando Deus nos olhos. - De qualquer forma você está atacando minha casa, e eu não vou deixar isso acontecer.

Magician rodou o bastão no ar, criando um furacão em volta dela que jogou todos os alunos e professores para trás, dando espaço para a batalha acontecer:

- Estou ansioso. - Deus avançou correndo, raios eram conjurados automaticamente na direção da Magician, que desviava graciosamente.

- Tsc, é só isso? - Disse sorrindo. - Consigo fazer melhor.

A moça fincou o bastão na terra que estremeceu o local, raízes do tamanho de prédios surgiram e atacaram Deus, que tentou escapar sem sucesso.

A raiz mais espessa acertou-o no tórax, fazendo a divindade cair indefeso, um raio azul, único e grandioso brotou dos céus atingindo-o:

- Aaaaaaah! - Gritou Deus de dor e ódio, se recompondo.

Fantasma assistia a tudo.

Deus saltou por cima das raízes e do céu jogou raios maiores e mais densos, destruindo todas as raízes, parcialmente o solo e atingindo Lisa, que não deu tempo e contra atacou com mais raízes que brotavam do chão, colossais:

- Eu nunca vi nada igual. - Disse Raffaiet para Azul.

- Ela está tão poderosa quanto seu mestre... - Respondeu Azul fitando Lisa lutando contra Deus.

Raffaiet olhou de volta, não imaginava quão poderoso eram os Magicians anteriores, Lisa estava lá desde que ele era um garoto, e talvez muito antes disso:

- Tudo que podemos fazer é assistir, este Deus está em outro nível. - Disse preocupado o velho.

Deus fez um posicionamento de mãos e conjurou um sopro de fogo imenso, torrando as raízes que tentaram atingi-lo, o fogo tomou conta de tudo rapidamente, Lisa parou na outra extremidade, vendo o fogo surgir:

- Eu vou destruir esse local! - Gritou Deus. - A origem de todo o mal!

Lisa franziu a testa, nervosa e correu em direção ao fogo, com um movimento de mãos fez uma proteção de água, como um escudo que a cobriu por inteiro, tomou o bastão de volta para si e o jogou como uma lança, este se transformou numa serpente imensa, negra com presas do tamanho de braços de homens.

Deus desviou da serpente e conjurou um raio para destruir a criatura, que era apenas uma distração.

Outro raio azul atingiu Deus de cima, que urrou enquanto estremecia eletrocutado, Lisa retomou o cajado acertando no queixo do inimigo, que caiu e se recompôs num pulo:

- Vou matar você. - Disse sério, usando o raio em si, fazendo seu corpo brilhar intensamente. - Eu sou o trovão!

Deus jogou incontáveis raios no céu, Lisa tornou a avançar contra o inimigo, que continuou jogando raios atrás de raios, fazendo o céu ficar inteiramente amarelo.

Lisa parou e fitou o céu:

- Isso vai cair, com certeza com esse poder ele vai destruir o escudo da Academia. - Disse olhando para a torre da estrela.

Estendeu as próprias mãos e jogou os raios azuis para cima, na mesma quantidade, ambos estavam agora lutando para ver quem dominaria os céus.

Este estremecia, a impressão que os alunos e professores tiveram é que o céu se quebraria a qualquer momento, uma luta de energia ocorria lá em cima, pólos positivo e negativo, Deus contra a mulher:

- Não vai dar, ele tem muita energia. - Gritou. - Preciso para-lo!

Lisa caiu de joelhos, sem energia, e num último movimento se pôs a correr na direção de Deus que jogava mais e mais raios para o céu.

Bateu as mãos uma na outra e fechou os olhos, usou as últimas energias que tinha e num pulo jogou uma rosa conjurada nele:

- Uma rosa? - Riu. - Todo esse esforço para me atingir com uma flor?

Lisa olhou-o sério:

- Essa coroa está te cegando. - Disse séria.

Ele arregalou os olhos, porém antes de conseguir responder, a rosa rapidamente se transformou em laços de espinhos e amarrou-o por inteiro, apertando ele intensamente, que urrava de dor:

- Acabou. - Disse séria.

Parou em frente dele, ergueu as mãos, o céu gritou com esse movimento, um raio azul imenso era formado entre as nuvens que conversavam entre si, ela iria destruí-lo.

Deus estremecia de dor, urrava, sangue saia de todos os poros dele, que se rebatia tentando tirar as cordas que laceavam e apertavam cada vez mais, era uma magia poderosa:

- Me ajude Fantasma! - Gritou.

Porém Fantasma, assim como todo o resto, assistia a luta que ainda acontecia no céu, tudo iria despencar no solo:

- Precisamos avisar o Patri! - Gritou Beth para o grupo. - Isso daqui vai despencar na gente.

A garota apontava para o céu, e assim foi, os raios de todas as cores começaram a cair no solo, atingindo o escudo já trincado.

Mary, Ferni e Beth correram para dentro da Academia, atrás de salvar o único amigo que estava do lado de dentro. Callel, Catherine e Saturis seguiram assistindo a luta.

Lisa fitou a torre novamente de longe enquanto Deus estremecia em seus pés, lembrou de Patri que estava lá em cima:

- Vou apostar tudo na próxima geração. - Disse Lisa para Deus, que praguejou de volta.

Lisa fechou os olhos e abriu os braços:

- Esse movimento... - Disse Azul para si. - Não acredito...

Raffaiet fitou-o em silêncio.

O vento mais forte que já viram atingiu o local, a poeira subiu cegando todos, ninguém enxergava o que estava ocorrendo:

- Não tenho escolha... - Disse para Deus. - Você é perigoso demais.

Deus a essa altura destruía as cordas que amarravam-no e se levantava aos poucos:

- Você não faz ideia como sou poderoso. - Urrou para ela que permanecia parada, de pé em silêncio.

Uma lágrima brotou nos olhos dela, evaporando rapidamente:

- Supernova... - Disse baixinho.

A pele brilhou incandescente, os olhos acenderam como fogo, suas roupas se desfizeram rapidamente, Fantasma ao ver aquele movimento correu o mais veloz e mais distante possível, porém Deus não conseguiu, sentiu um restante da corda segurá-lo ali.

Gritou na cara de Lisa, que acendia como um anjo:

- Adeus. - Disse Azul encarando aquilo que surgia.

O brilho se intensificou, ninguém conseguia encarar diretamente e dali surgiu a maior explosão que todos ali iriam presenciar em vida.

A explosão engoliu tudo, destruindo o campo de batalha por inteiro, atingindo o escudo da Academia que acendeu num último esforço de conter aquela energia inteira, a explosão causou a destruição mais bela de Terra Nova.

Capítulo 31 - Reflexo.

O abalo sísmico foi sentido em todos os cantos de Terra Nova, derrubando a cerveja dos Dwarfs, atingindo os cadáveres mortos de todos os Reinos, balançando as bandeiras de Atelavida:

- Já senti isso antes. - Disse Lucario, antigo Rei do reino da Flecha, de longe a beira da morte.

Todos os vidros da Academia estouraram, a base da construção balançou, todos caíram, o escudo num brilho intenso explodiu inteiro, a estrela polar usou toda a energia para conter a vida de todos, e apagou em seguida:

- Lisa... - Caiu de joelhos Cecilia lá em cima na torre da estrela.

A última porta estremeceu também, Cecília fitou por um momento, mas nada aconteceu.

Os colegas de Patri caíram todos na escada subindo para a torre mais alta:

- Uau, o que foi isso? - Disse Beth no chão. - Esse foi um senhor terremoto.

- Você não viu o brilho lá fora? - Disse Mary olhando as janelas que explodiram. - Isso não foi um terremoto.

- Precisamos tirar Patri lá de cima, isso daqui vai desabar! - Gritou Ferni sentindo que o abalo sísmico não cessara.

O grupo se recompôs e correu até a torre da estrela:

- Está trancado! - Gritou Beth se aproximando do portão.

- Vamos gritar, alguém tem que abrir pra gente! - Disse Ferni se colocando a frente, Mary sorriu com a atitude da garota.

Beth ajudou a amiga, e ambas gritavam até o fôlego acabar.

...

Patri caminhava sobre cacos de vidro que cortavam seus pés, cada caco continha uma informação aleatória, espalhada pelo chão, eram pequenos cacos, pedaços de um reino que foi construído num altar de maldade:

- Não entendo... - Dizia Patri pelo caminho esfarelado.

Viu pessoas normais se transformarem em reis loucos e poderosos, ditadores vaidosos.

Um a um, com fragmentos daquele mesmo vidro espedaçado, poderosos e imponentes.

Andou por dias naquele corredor escuro, repleto de pequenos cacos no chão que contavam partes de algo incompleto, era impossível entender ao todo, Patri estava perdido.

Perdido e eufórico, sabia que do lado de fora uma luta sem precedentes acontecia, pelo menos era a sensação que o garoto tinha.

Foi quando finalmente encontrou, o espelho quebrado erguido na parede, pedaços imensos faltavam mas ele estava ali.

Se colocou diante do muro que mostrava pra ele seu reflexo, mas não somente aquilo.

...

Cecília correu até o portão dourado do andar debaixo e viu vários adolescentes ali em pé, duas garotas gritando:

- Ei ei ei ei ei - Disse se aproximando, os gritos cessaram.

- Precisamos entrar! - Disse Ferni séria.

Beth concordou:

- Agora! - Continuou.

Cecília encarou o grupo e suspirou:

- Entrem...

As garotas correram escada acima, Cecília seguiu-os.

Chegaram na sala da estrela, Mary, Beth e Ferni e seguiram adiante.

A porta de vidro estava aberta:

- Patri! - Gritaram juntas.

Cecília tomou a frente.

O garoto estava com um único e preciso corte no olho esquerdo, ainda fresco, atravessado:

- Você está bem? - Perguntou Cecília lembrando

- Meu pai... - Disse o garoto sério com os punhos cerrados.

Cecília abaixou a cabeça, sabia o que estava por vim:

- Logan? - Perguntou Mary que o conhecia desde criança.

- Deus... - Disse andando em direção a saída da torre. - Meu pai é esse que se auto intitula Deus.

Pedro Kakaz
Enviado por Pedro Kakaz em 20/04/2016
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