A Academia - Capítulo 29
Ele caminhava entre o mar de cadáveres, ela se retirava do campo de batalha:
- Quando precisar de mim sabe onde me procurar. - Disse Fantasma.
Espectro andava com dificuldade em direção a seu senhor:
- Conseguimos. - Disse. - Já é a quinta vez que você me traz de volta.
Deus fitou o companheiro:
- Você nunca foi, nunca precisei te trazer de volta. - Olhou para o horizonte. - E ainda não acabou.
O exército havia sido reduzido drasticamente, mas nada disso pararia eles, que rumavam
á Academia.
...
- Faz muito tempo que ele está la dentro. - Disse Cecilia para a mestra.
Lisa sabia que isso iria acontecer:
- Não podemos nos procurar com ele, não ainda. - Apontou para a janela da sala da estrela. - Ele está vindo para cá Cecilia.
Cecilia sabia que com "ele", Lisa se referia a Klyce:
- E ele tem Deus como aliado.
Capítulo 29 - Felicya.
Sua irmã estava morta, Learia e Raffaiet estavam caídos, eles haviam perdido a batalha, Klyce estava mais forte do que nunca.
Ela se virou, ainda chorando, determinada a mata-lo ali:
- Foi necessário fazer isso. - Disse frio.
A moça rangeu os dentes, com ódio, sem ter nada mais a dizer.
Bateu as mãos uma na outra e num piscar de olhos o lugar foi tomado por uma névoa densa, Klyce era incapaz de ver qualquer coisa:
- Não quero lutar com você. - Disse sem ver a amada.
Pôde sentir o ataque pouco antes dele acontecer, inclinou um pouco para trás, evitando o corto de uma pequena faca mergulhada em veneno:
- Perigoso. - Disse sorrindo.
Outro ataque desferido e desviado, Klyce estava decidido que não lutaria, mas teria que acalma-la de alguma forma:
- Peço perdão por isso. - Disse calmo enquanto desviava dos ataques de Felicya.
Klyce desapareceu num estampido, como um flash, Felicya já tinha visto aquele movimento antes.
Olhou para todos os lados, ofegante, a raiva havia cegado a garota.
Klyce surgiu nas costas dela e tentou ataca-la com a palma da mão esquerda que estava banhada em raios, mas Felicya era forte e desviou do ataque, ele ergueu as sobrancelhas:
- Minha irmã! Você é um assassino! - Gritou ela fazendo movimento de mãos que fizeram surgir raízes densas do chão que seguraram as pernas de Klyce, o colar da garota brilhava intensamente.
- Hm, está usando um catalisador. - Disse com tédio. - E teoricamente ela que se matou.
A garota bateu as mãos novamente e as raízes subiram até o pescoço, ele estava completamente imóvel.
Ela correu em direção dele com a faca, conseguiria mata-lo.
Mas parou.
Parou com a faca no pescoço dele, as mãos tremiam violentamente, lágrimas brotavam descontroladamente de seus olhos, ela berrava de frustração.
Ele sorriu:
- Nós dois sabemos que você não é capaz. - Disse.
- EU NÃO SOU VOCÊ! - Gritou na cara dele.
- Eu nunca matei ninguém Felicya, não ainda. - Disse frio.
Felicya sentiu o vazio dentro dele, aquilo entristecia a garota tanto quanto a morte de sua irmã, ela havia conhecido o homem antes da torre:
- O que aconteceu lá dentro, por que tudo isso está acontecendo... - A moça caiu de joelhos, as raízes saíram devagar e libertaram o vilão.
Ele suspirou:
- Você quer mesmo saber? - Perguntou olhando nos olhos dela.
A boca estava trêmula, e as palavras mal saíram:
- Me mostra...
Ele saiu da estação de metrô, ela permaneceu ali, caída... Sua cabeça estava na única coisa boa que havia acontecido a ela, Patri...
Ergueu-se e caminhou atrás do antigo amor.
...
Raffaiet estava parado na frente da Academia:
- Toque o alarme. - Disse para Íris. - Eles estão chegando.