O Reino de Sandman

Há muito tempo, ainda nos primórdios do Universo, Zeus enviou à Terra os sete perpétuos para que integrassem o subconsciente de todos seres humanos, estivessem eles dormindo ou acordadas. Os perpétuos dominavam os homens por meio de suas fraquezas de modo a distraí-los e modificar sua linha de raciocínio ou induzi-los a cometer alguma ação, confundindo-lhes a respeito do que era real e ilusório, fazendo com que muitas das idealizações e invenções do pensamento fossem esquecidas. Eram os perpétuos Morte, Desespero, Delírio, Desejo, Destino, Destruição e Sandman, o poderoso líder.

Todos invejavam Sandman mas não deixavam isso transparecer e assim os Perpétuos executavam suas funções atendendo a principal condição proposta por Zeus: jamais assumir a forma humana em corpo e matéria para se relacionar ou agir sobre algum mortal. Porém, após muitos anos de perfeita obediência, Sandman sentiu-se extremamente atraído pelo subconsciente de uma humana e não resistiu em assumir a forma de um homem para se envolver, amorosamente, com a bela mortal Troian, desrespeitando a regra básica.

Uma vez que Zeus, embora tenha ficado zangado, não aplicou nenhuma punição a Sandman por conta deste ser seu perpétuo mais satisfatório, uma grande revolta despertou nos outros Perpétuos e decidiram por eles mesmo punirem o líder, então introduziram uma alucinação de poder, ostentação e beleza no pensamento da humana enquanto esta dormia, persuadindo Troian a dirigir se até um alto precipício e pular dele tentando alcançar essas três fantasias irreais, quando na verdade foi de encontro direto com a morte.

Não suportando ver sua amada humana caindo no ostracismo por causa de uma ilusão, Sandman transformou uma parte do Universo em um reino chamado Sonhar a fim de armazenar os pensamentos e as lembranças do subconsciente das pessoas em forma de sonhos evitando que elas confundissem ilusão com realidade e assim pudessem dormir tranquilas, pois suas almas estariam sob os cuidados de Sandman, que, com um filtro dos Sonhos,separava o que podia fazer parte do reino Sonhar, um lugar que até hoje guarda o mundo imaginário de cada sonhador, realidades alternativas, seres imaginários escondidos e uma biblioteca mágica que abriga bilhões de histórias fantasísticas que nunca foram escritas.

ATENÇÃO: o texto acima foi escrito para uma aula de filosofia cujo propósito era escrever um mito baseado em algum livro de fantasia. eu escolhi me basear na Saga Sandman, do autor Neil Gaiman. Apenas usei a ideia do sonho e dos 7 perpétuos, portanto o que escrevi sobre a dominação dos pensamentos é totalmente invenção minha e não condiz com a obra original de Gaiman