Safira

Capítulo 1

Era uma vez...

Uma linda princesa de cabelos negros como um corvo e olhos azuis ,como um lago de pequenas gotas feitas de safiras ,que deu origem a seu nome e que estava a cavalgar rápido, muito muito rápido para longe do castelo em direção à floresta e ela começa a rever o dia desde o início com lágrimas nos olhos.

Mais cedo

Safira acorda com batidas em sua porta, e murmúrios, mas que só poderiam ser na verdade gritos do outro lado, já que a porta era quase à prova de som. Ainda estava cansada, ficara lendo até tarde um dos livros proibidos pelo seu pai, onde feiticeiros ajudavam príncipes e princesas, e onde ela queria um feiticeiro. Não para lhe dar riqueza, ou beleza, ela não se importava com essas coisas, além do mais ela já tinha, o que ela queria era amor, não o amor fraternal de sua família, ou idolatrado de seus vassalos, e sim um amor avassalador, como de um conto de fadas , que não eram muito bem vistos nesse reino.

Infelizmente um dos principais elementos para se ter um conto de fadas é magia, e a magia era proibida no reino já que poucos a dominavam e menos ainda continuavam do bem depois de provar desse poder.

Mas como achar um amor, se vive presa num castelo, no meio do nada, e só conhece os pretendentes que passaram pelos seus pais? Impossível é a resposta, ainda mais pelo gosto dos seus pais.

Bom, vendo que o barulho na porta não parava, Safira se levanta e vai abri-la , lá está seu pai com cara de muita raiva e suas ajudantes atrás com cara de ,"me desculpe por não impedi-lo , afinal ele é o rei ", por isso mesmo não ha o que fazer e ela se abre num sorriso.

- Papai, bom dia para o senhor, o que desejas em meu quarto a essa hora da madrugada?*

- Antes de tudo já passa do meio dia, Safira. E não me venha com voz irritadiça, já que sou eu que entretenho seu pretendente lá embaixo há meia hora e nada de você aparecer, diz olhando para ela de cima abaixo- E nem pronta você está!!!!

- Pretendente ? Não lembro de ter chamado ninguém meu adorado pai e não vejo porque me arrumar se ficarei em meu quarto, com minhas ajudantes.

- Se arrume, e pelo amor de Deus escove esses dentes antes que tenhamos que pedir as ajudantes que os catem do chão, diz descendo a escada- E venha já!!!

Mas ela não quer descer e ver outro de seus detestáveis pretendentes que no começo eram homens interessantes, jovens, bonitos, ou inteligentes mas agora só sobrou bobos , velhos sem nada de bom na cabeça.

Por isso ela escova os dentes e põem a roupa de equitação , que é o que ela faz sempre quando acorda e desce para seu destino.

Lá embaixo para em frente das portas da sala de refeição, já estremecendo pelo que lhe aguarda,olha para os guardas que mexendo os lábios dizem que não será tão ruim. Acena com a cabeça e vai!

Hora atual

O cavalo continua correndo, mas ela só percebe agora que não está perto do castelo,está no meio da floresta indo de cara ao muro de contenção, e ...

-ahh!!

Um tempo mais tarde

Ah, que dor de cabeça, todo meu corpo dói, o que será que aconteceu, será que caí do...do... Meu Deus caí do que?não me lembro, que estranho,a frase estava na minha mente agora mesmo, do nada puff.

Sinto picadas , formigas, devo estar na grama , tenho que me levantar.

- Ei, aonde você vai? Fica deitada.- diz uma voz grossa que não reconheço e sinto alguém me empurrando delicadamente para o chão.

Quero saber quem tem essa voz e dizer...

Por que não faço isso? Eu tenho olhos e boca para isso.

Abro os olhos e vejo o homem mais lindo do mundo com um corcel branco atrás e pássaros cantando que fazem minha dor sumir....

Não, bem que eu queria, ao abrir os olhos vejo um borrão,vejo outro borrão negro atrás do primeiro , ouço lobos?!? Sim, lobos, o que só piora minha dor. Pisco um pouco e tento outra vez

Um homem, bom é claro que é um homem, já tinha ouvido a voz,cabelos ruivos,olhos verdes esmeralda, rosto anguloso, magro, com aparência comum, menos os olhos. Vou me levantando até ficar sentada, olhando ele bem de perto, e uau, posso olhar para seus olhos para sempre, como disse não é uma beleza moldada é bem comum mas tem algo especial nele, algo que sempre quis em um homem...

O que eu sempre quis?

- Você está bem? Foi uma queda bem feia. -diz o estranho me olhando meio apreensivo, mas é claro que ele está preocupado numa hora to sorrindo feito boba e do nada olho para baixo com cara de confusão.

Sei que devo fazer muitas perguntas mas a primeira que escapa é.

- Do que eu cai?

Isso parece deixar ele surpreso.

- De um cavalo.

Então disparo minha lista de perguntas

- Onde ele está?

- Fugiu.

- Como você sabe?

- Eu vi.

- Viu eu caindo?

- Sim.

Então tomo fôlego e sem querer dizemos ao mesmo tempo:

- Qual é seu nome?

- Logan- ele diz.

Só que aí começa meu problema, eu não lembro o meu.

Belle Franz
Enviado por Belle Franz em 16/07/2015
Código do texto: T5313123
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