Carnaval, Flamengo e sexo

Era quinta-feira, e conforme a modernidade das coisas, pode-se dizer que era o primeiro dia de carnaval.

Já tem desfile de escolas de samba em algumas cidades, Bandas e Blocos, animam a galera em seus bairros ao fim do expediente de trabalho.

O Rei Momo recebe a chave da cidade para reinar e comandar os foliões.

Rainha e princesas completam o cortejo.

O problema maior, é que o repertório cantado nas diversas Bandas do Rio de Janeiro e de outras cidades, é o mesmo de 50 anos atras.

Marchinhas bem chatinhas, embora algumas com letras bem humuradas e outras maliciosas, quem diria, carnaval de antigamente tinha tambem segundas intenções.

Os bailes de carnaval, se é que existem ainda, ficou uma coisa bem cafona, e ninguém tá afim de fazer pegação em baile de carnaval, e ainda pagar bem caro pra ouvir: mamãe eu quero...

Já os Blocos de rua estão voltando com força, porém com êrros graves.

Tem bloco para todos os gostos, roqueiros, beatlemaniacos, para cães e gatos, e blocos evangélicos.

Assim começa nossa história.

Tempos atras...

Norbertino, um cara visionário, morador da cidade fictícia Mombeba, do estado do Rio de Janeiro, teve uma idéia e pôs em prática.

Ele não poupava esforços para conseguir notoriedade, pensou que a melhor forma de consegui-la seria no carnaval.

Festa popular, muita alegria, cerveja, e todo mundo esta mais leve e solto.

Fundou um bloco, e pensou: sou vascaíno mas o nome do bloco vai ser Flamengo, não dizem que é a maior torcida do país, o mais querido, logo, o bloco e por tabela eu, serei famoso.

Preciso de uma rainha, mas tem que ser uma rainha diferenciada, logo pensou na Irene de Pierre, um travesti da cidade, que tinha um corpo escultural, e convidou-a para o posto, que de pronto fora aceito.

Formou uma boa bateria e preocupou-se com o samba que não tivesse qualquer semelhança com antigas marchas e refrões dos antigos carnavais.

Temas politicos-economicos-sociais teriam prioridade, sem deixar de lado a sacanagem tão necessária para um bom carnaval.

Existem uma logistica e um forte esquema de mídia implantado hoje nas agremiações, que dificilmente falta verba para seus desfiles anuais.

Os comerciantes do bairro assinam livros de ouro, outros fazem merchand nas camisetas, e bem como aqueles mais aficcionados pelo Flamengo contribuem com o que podem e tambem com o que não podem.

Norbertino só não sabia, que pra botar um bloco na rua era preciso de muita burocracia.

É preciso, tirar alavará, licença na prefeitura, registrar a patente, avisar a policia militar, e na quinta-feira que antecede o carnaval, seu bloco foi impedido de desfilar.

O circo estava armado em plena avenida.

Umas 2 mil pessoas fantasiadas e aguardando o desfile, e nada do bloco sair.

Sem alvará, sem registro, sem autorização, sem taxa paga, sem o aval da policia militar e corpo de bombeiros o bloco não sai.

Dizia o chefe da operação fiscal.

Disperçar essa multidão da avenida, pois estão atrapalhando as demais agremiações.

Todos em voz unissono: daqui não saio daqui ninguém me tira.

Quando um gaiato gritou:

- Esse chefe da fiscalização é vascaíno, por isso está emparedando nosso desfile.

Pronto, aí meu irmão a coisa fudeu de vez.

O Puxador do samba, ainda tentou cantar o samba do neguinho da beija-flor, aquele: domingo eu vou vou ao Maracanã, torcer pelo time que sou fã etc...

O chefe da fiscalização reforçou sua equipe com mais ins 20 homens, mas nem dava pra saida, o bloco tinha uns 2 mil componetes, e os policias não chegavam a 100 homens, diga-se de passagem, armados e bem armados, não me pergunte como, mas no carnaval tudo é possivel.

Foi depeois de uma reunião com um cara baixinho, gordo e careca, que nosso chefe da fiscalização fes vista grossa e o bloco pode desfilar.

A curiosidade ficou no ar.

Quem era esse cara, baixinho, careca e gordo com tanto prestigio ?

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Mateus Ambra
Enviado por Mateus Ambra em 05/02/2015
Reeditado em 05/02/2015
Código do texto: T5126170
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