Ave das cinzas
Pequeno, este cresceria no pico do penhasco
Com chamas nas asas, aprenderia a voar logo
Seus olhos em brasas, menor que um chasco
Olhar penetrante, coração pulsante, em foco
Bate as asas relevantes, saltitante, pequeno frasco
As nuvens te abençoam, não existe nenhum floco
Os ventos ecoam, fumaça nada escassa, carrasco
Do fogo que nasce, olhar imponente, sem bloco
Você cresce e renasce, corpo ardente, fantástico
Uma ave que realça o mundo sem causa
Chama entrelaçada a cada alçada
Chuvas não te atingem, elas apenas te tingem
Seu voo neste céu, parecido com um véu
Indo para a caça, sem nenhuma pausa
O amor pela caçada nem mesmo alcançada
Nada o aflige, tudo infringe, eles fingem
Suas chamas não dispõem de um rondel
Jamais enjaulado, livre e livre, alado
Anjo de fogo, monstro do epílogo
Mente decente, sempre condizente
A realidade, tarde, alarde, reparte
Seu coração continua a bater
Seu corpo a renascer! Fênix!
Dou minha admiração a você