Crônicas de Thérus 1ª Parte Os Filhos do Rei

Prefácio

Esta história é estranha, bom, pelo menos para mim, porque ela começa com o meu fim...

- Majestade, eles já invadiram a torre sul, e meus homens não podem contra eles.

- Mas como isso foi acontecer?

- Eles são os Lobnos senhor, enviados pelo próprio Lorde Etrom. Eles nos atacam no escuro, nós não conseguimos pega-los, porque eles são invisíveis e rápidos aos nossos olhos majestade.

Nesse momento ouvi um grito e para a minha tristeza, era a minha esposa, a rainha Milena.

- Comandante! Pegue seus melhores homens e vá proteger a Rainha!

- Sim Majestade!

Quando me dei conta, percebi que estava na sala do trono sozinho, todas as velas e lustres estavam apagadas, só a lua com sua luz serena, iluminava a sala do trono através da janela. Então senti a presença de alguém, como se estivesse me observando. Desembainhei minha espada e virei para traz. O que eu vi? Só escuridão, até que bem ali na minha frente, surgindo da escuridão, dois olhos verdes brilhantes.

- Acho melhor a vossa majestade guardar a espada.

A vós é grossa, é como se fosse um cão rosnando.

- Quem é você? E o que quer de mim?!

- Sou o Lobo Nesgór, o comandante da pequena tropa que acabou de destruir seu reino.

Nesse momento um raio partiu o céu, a Lua foi tampada por nuvens e logo uma tempestade caiu naquela noite tão inesperada, mas do qual o destino aguardava há muito tempo.

- E não! Não quero nada de você. - Disse o lobo.

- Então o que quer?

Correndo, o capitão do meu reino veio falando.

- Majestade! A rainha esta Morta e eles levaram os seus filhos. O qu...?!

Não pude fazer nada, quando ele perguntou, uma espada já tinha cortado sua garganta. Minha agonia pelos meus filhos foi terrível e a tristeza pela minha esposa foi mortal, não sabia mais o que fazer.

- E agora que já cumprir minhas ordens, você não tem mais serventia. Então adeus rei Octars.

Para ser sincero, não sentir dor quando a espada penetrou o meu coração. A dor que sentir foi de ver meu reino sendo destruído, de pensar como foi à morte da minha amada esposa e de ver da sacada para onde caminhara depois do golpe mortal a minha filha e meus dois filhos serem levados por eles.

Foi assim que tudo aconteceu. Bom é o que esta nas escrituras dos reinos antigos. Quem foi que contou esse fato para que ele fosse registrado no livro dos reis? Calma, pois tudo vai ser revelado no decorrer desta grande e inesperada história.

Aquela noite não terminou ali, a tropa mais poderosa de lorde Etrom saiu depois que mataram o rei.

- Todos aos seus postos – rosnou o comandante – preparar para retornar e Rápido!

A tropa dos lobnos já era rápida o bastante na sua velocidade normal. Mas para o comandante Nesgór mandar que andassem rápido era por que tinha algo que ele temia. Mas o que?

- Mais rápido!

A chuva era intensa e quando se trata das montanhas de Charael então o perigo e até a morte é certa. Foi aí que Ele apareceu. Primeiro um grupo de nuvens se juntaram.

- Comandante, olhe!

E então elas começaram a tomar forma.

- É um leão!

Era um leão temido por todos aqueles que servem as trevas. A cada rugido que dava, um raio caía e acertava as rochas das montanhas Charael, à medida que rugia os raios acertavam cada vez mais perto da tropa.

- Lobnos! Formação de defesa, vamos caminhando!

Os Lobnos eram um clã guardião em outros tempos com técnicas proibidas de combate, eles são chamados assim, pois sua transformação é de um lobo e suas habilidades são poderoass, mas os seus instintos são lendários. E era justamente este instinto que pulsava forte na mente do comandante Nesgór.

- Comandante! O Leão se aproxima com os seus malditos rugidos e raios.

- Grrrr, CALE-SE! Rosna Nesgór – Protejam as crianças, Lorde Etrom as quer com vida!

Sobre a montanha o Leão poderoso rugia e mais Lobnos eram acertados pelos seus raios. Passando por sobre um vilarejo, um dos raios atinge um dos lobnos ao qual carregava uma das crianças, na verdade a bebezinha, que cai direto no vilarejo aos pés da montanha.

Continua...

Porto Joel
Enviado por Porto Joel em 04/06/2014
Reeditado em 31/05/2015
Código do texto: T4832557
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