Enquanto Evelin dormia-parte dezenove

Enquanto Evelin dormia-parte dezenove-Diário de Evelin

Alguns segredos nunca deveriam ser revelados,é o que penso depois das terríveis descobertas que fiz.Assim que eu disse para a minha avó o sobrenome de roniemberg algumas verdades vieram a tona.Soube por exemplo que meus pais não morreram em um desastre automobilístico,na realidade se suicidaram de comum acordo.O sobrenome de solteira de mamãe era Fielding,e ela era a ultima descendente viva da linhagem dos vampiros da qual faz parte o meu amado.Segundo a tradição aos vinte e um anos ela teria que sofrer a transformação ou então ser antipatizada por toda a vida.Mamãe recusou o vampirismo e como ela e meu pai estavam muito apaixonados,a maldição que a faria odiada por todos não foi totalmente cumprida,algumas pessoas a rejeitaram,menos meu pai.O amor dele por ela só aumentou.Ao recusar se tornar vampira,mamãe despertou o ódio de alguns membros do clã,afinal ela era a esperança da continuação da raça.Durante muitos anos meus pais foram perseguidos e por isso não ficavam muito tempo em um mesmo lugar.Quando minha engravidou de mim,houve então uma trégua.A esperança é que houvesse a continuação através de mim.Quando eu nasci coisas estranhas começaram a acontecer.Duzias de corvos me vigiavam pela janela e pessoas estranhas batiam na porta ansiosos por me conhecerem.Desesperados,meus pais decidiram pela morte.Não iriam deixar que a maldição recaísse em mim.Deram-me leite envenenado e logo depois se enforcaram.Fui salva por vovó,que me deu um antídoto fortíssimo contra o veneno.Com a morte de meus pais a maldição foi quebrada pois antes de morrer mamãe renegou essa herança maldita.Vovó contou que naquele dia houve uma grande tempestade e que uma força sobrenatural arrancou todas as janelas e portas da casa e que era possível ouvir os corvos grasnando de forma horrível no telhado.Depois do enterro de meus pais,eu e vovó mudamos de cidade e levávamos uma vida normal,até que Roniemberg se infiltrou em meus sonhos.Agora dois sentimentos convivem comigo: O amor e o medo. (Fim da décima nona parte)