Enquanto Evelin dormia-parte onze

Enquanto Evelin dormia-parte onze

Ela está correndo,seus passos ecoam na madrugada fria. É uma rua escura e a única luminosidade provem da distante lua minguante.Com minha aguçada visão vejo oque a persegue.É uma espécie de gárgula de tamanho gigante.Os olhos da criatura brilham maldosamente enquanto ela dá saltos se aproximando cada vez mais de Evelin.Quero intervir,mas preciso descobrir o por quê desse terrível sonho e o que faço é ultrapassar a moça e abrir a porta de uma casa abandonada para que ali ela se proteja.Evelin entra e fecha a porta,invisível ao seu lado ouço seu coração acelerado e o sangue fluindo pelas artérias.Sinto minhas presas doerem e o desejo me enfraquece.Sou um vampiro e todo meu ser clama por sangue.Um barulho forte na porta me distrai e percebo que a gárgula nos encontrou.Seu chiado horripilante é a prova de todo o seu ódio.A moça se escondeu embaixo de uma mesa e chora baixinho.Estou envergonhado!Como pude pensar em lhe morder,se a amo tanto e tudo oque quero é proteje-la?Para me redimir saio a rua disposto a enfrentar a fera e torno-me visível.Ao perceber minha presença a criatura abre o bico e gargalha.Seu tamanho se multiplica e ela pula em minha direção.Sinto que vou ser esmagado ,mas nessa hora a porta se abre e Evelin grita enquanto atira sobre a gárgula um lampião aceso.O monstro se assusta e foge na noite escura.Começo a me aproximar ,mas minha amada exausta pelo pesadelo desperta. Mais uma vez não pude lhe falar de mim. (Fim da décima primeira parte)