Enquanto Evelin dormia-parte dez

Enquanto Evelin dormia-parte dez

Estou em um velório.De todos os sonhos de Evelin esse parece ser o mais estranho.Ha pouca gente na sala e nem todos estão chorando. Minha amada está entre os que planteiam e está aparada por sua melhor amiga( a dos sonhos anteriores).Estou invisível,aliás desde o sonho do incêndio não tenho me materializado,penso que assim poderei dificultar para meus inimigos e evitar novas armadilhas. Com minha audição aguçada,escuto cochichos e a maioria deles é sobre Evelin.Alguns a elogiam e outros lhe criticam. Captei que ha uma ligação entre ela e a pessoa morta,por isso me aproximei curioso da urna. Espantei-me com oque vi: Lindamente pálida,Evelin jazia no caixão. Uma senhora idosa chora alto ao tocar no rosto da defunta e nesse instante como se houvesse um acordo ,as pessoas ao redor começam a carpir.Me sinto mal,pois sei que nem todos os lamentos são sinceros. Quero entender oque está havendo,por isso me aproximo da Evelin viva.Em meio ao seu pranto algumas palavras entrecortadas me dizem que ela também está confusa.Está sonhando com o próprio funeral e chora por acreditar que está presenciando a realidade. É doloroso demais presenciar seu sofrimento,por isso eu saio do seu sonho e em seu quarto eu a sacolejo até que ela desperte. Evelin despertou chorando e minha vontade é de lhe abraçar e lhe cobrir de carinho,mas antes que que meu amor vença a cautela,a porta se abre e por ela entra a velhinha que eu encontrei no sonho e que descobri que é sua avó.(fim da décima parte)