A Cidade dos Sentimentos

Em uma cidade, morava todos os sentimentos. Amor, ódio, inveja, desejo, cobiça, medo, avareza, felicidade, tristeza e muitos outros sentimentos.

Nesta cidade havia três homens que queriam ser prefeito, custe o que custar. Os eleitores, movidos por todos esses sentimentos, ainda tinham que conviver com a mentira, que rondava por toda a cidade como celebridade.

Nesta cidade morava um padre, um pastor e um médico, todos queriam fazer parte da política, sendo que, o candidato que fosse mais votado seria o vereador.

Geraldo, Mariano e Luiz eram os homens que dariam suas vidas para se tornar prefeito.

Na campanha política Geraldo optou por andar com a sabedoria, dando tapinha nas costas da maldade sendo movido pelo ódio contra seus adversários.

Já Mariano, que não gostava muito de trabalhar, escolheu para seus alvos eleitorais a preguiça, avareza e o egoísmo, sendo que a tristeza ia ser sua vice-prefeita.

Já Luiz decidiu pelo amor, a paz e a bondade, resolveu fazer parceria com o médico pois os dois tinham o coração habitado pela bondade e queria fazer daquela cidade um lugar melhor para se viver.

O pastor ficou do lado de Geraldo. Ele dizia que fé era sua parceira, mas acreditava também no poder do ódio e dizia que tinha lugar para todos os sentimentos na sua campanha.

O padre se alinhou a Mariano também o qual era preguiçoso e vivia com melancolia e achava que os dois tinham muita coisa parecida. Assim começou a campanha política de cada um, sendo que os eleitores queriam tirar proveito de alguma coisa e outros se beneficiar de alguma forma.

No baile da injustiça a inveja dançava com o ódio se sentindo vencedora, tramava contra os outros sentimentos, a frustração batia palma, a discórdia se sentia toda poderosa e o amor cada vez mais fraco, sem esperança.

Chega o dia da votação, feriado na Cidade dos Sentimentos, Geraldo, Luiz e Mariano, o padre, o médico e o pastor esperavam ansioso o resultado das apurações. Geraldo pensava “vou ter que andar com a sabedoria para administrar os bens que vou adquirir, ainda aposso contar com o ódio e a maldade, pois estarão comigo vinte e quatro horas.

Mariano que era muito preguiçoso e uma pressa miserável só pensavam nos bens próprios.

Luiz pensava em curar os feridos, dá alivio aos machucados e amor para os que estão sozinhos.

Enquanto isto, o padre prometia mil coisas que não ia cumprir, o pastor andava longe da justiça e a fé oprimia as coisas ruins. O médico sonhava com dias melhores. Ufa! Chegou o fim da apuração, 60% para Luiz e o médico e 25% para o Mariano e o padre. O amor ainda prova que é o maior dos sentimentos e que contra ele ninguém pode. Quem dera houvesse várias cidades como a Cidade dos Sentimentos que o amor governasse quem sabe se assim o mundo não seria um lugar melhor.