Labirinto

Ampolas. Lençóis novos- diz a enfermeira; mulher gélida, malvediça.

Sai do quarto. Fecha a porta.

Joana sorri em direção à figura do homem posto em jaleco suspeito, porém firme e frio.

Inóspito local. Cheiro de ampolas. Vidros alucinados. Beijos sufocados.

Palpitam, o corpo dela e os dedos benfeitores. Alí, curiosos, imersos.

Seios e coxas, mesmo murchos e pálidos, mostram toda a avidez da pele contagiada e viva.

A luz do quarto é incisiva, cirúrgica. E os lábios ainda infantis de um vermelho acentuado e pueril se mostram. Um sol de iluminuras frágeis abate os corpos anexos, absorvidos...

MJ Minos
Enviado por MJ Minos em 18/12/2008
Código do texto: T1342309
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