ERA UMA VEZ

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Um padre semianalfabeto desses que estuda pouco para se ordenar para puder dizer missa e espalhar o rebanho como dificuldade na casa de pobre. Ele tomou posse na paróquia trazendo poucas roupas surradas de tantas lavagens para tirar o grude provocado pelo suor humano em forma de suvaqueira do "perfume" nada agradável da marca "Branca de Neves" e os sete anões. Isso porque parecia que tinha um anão podre nas axilas. Por onde ele passava todo mundo notava o odor de estrebaria do homem de Deus. Com o passar do tempo e o andar da carruagem, ele percebeu que suas pregações inspiradas nos ensinamentos bíblicos estavam historicamente fora do contexto de quando foram escritos. Um desastre nas homilias durante as missas por falta de cultura e leitura prévia sobre os fatos que inspiraram tais escritos constantes nos 72 (setenta) e livros da Biblia Sagrada adotada pelo catolicismo. Aí o bestinha sacerdote resolveu assumir o papel de se oferecer a comer e beber na casa de fies que "convidasse" o homem manipulador e manipulável da fé alheia, daquele tipo de gente que vai recomendar o corpo do defunto e guarda o criminoso na casa paroquial, porque é em tese um lugar insuspeito para a polícia desconfiar que o criminoso poderia estar escondido fora do confessionário.

Assim sendo, diante de tanta humildade e analfabetismo teológico, os donos de terras e propriedades da localidade se aproximaram dele, aí o padre passou a deitar e a rolar com as benesses do dinheiro público em nome do "privado" em sua paróquia e obras sociais manipuladoras com objetivos politiqueiros. Aí o padreco passou a ser chamado para participar de todas os eventos da riqueza e na falta de criado para jogar o "penico" no mato, ele faz as vezes. Assim o tempero "santo" de sua pregação passou a ser no púlpito e no meio da rua, assim como na zona rural, a defesa nua e crua do "evangelho" da politicagem local e seus autores e atores envolvidos com a situação, transparecendo publicamente que faz oposição aos grupos minoritários e derrotados nas urnas para os cargos de prefeito e de vereadores, porque são desunidos. E todo reino desunido é destruído, é bíblico isso. E assim, o padreco tirou a "barriga" da desgraça. Em pouco tempo ficou rico, arrogante e prepotente. A única coisa que não mudou foi seu analfabetismo clerical por falta de estudo e de cultura religiosa. Hoje ele é um dos homens mais influentes e ricos daquela localidade, se o bispo chefe dele não chamar o feito a ordem e transferi-lo para outra paróquia, ele vai "trocar" a batina pela "prefeitura" e ou uma vaga na Câmara Municipal local como prenda manipulada pelos donos do poder político.

Assim era uma vez o "religioso" com comportamento de santo e de pecador a serviço do "altar" da politicagem inominada.

Esse conto é mera ficção científica e entra pelo pé de pato e quem quiser conte quatro.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 11/09/2022
Código do texto: T7603236
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