DIA DE FAZER PAMONHAS

O dia era esperado por todos.

Papai saia cedo na carroça eia em direção ao milharal.

Um tempo depois ele chegava com 10 grandes sacas de milho.

Tia Maria, tia Rosa, Tia Antônia com os primos estavam chegando.

Vindo a cavalo, vindo de longe.

Cunhadas de mamãe.

Era dia de fazer pamonhas!

Eu e papai íamos preparando as espigas e tirando as bonecas.

Os primos limpavam as espigas, todas graúdas e granadas.

Tia Maria e Tia Rosa ralavam as espigas nos ralos feitos de latas com pregos por papai.

Tia Antônia e mamãe preparavam os copos com as folhas verdes do milho.

Iam confeccionando as pamonhas, uma a uma.

Em seguida eram colocadas no taxo com água fervendo para serem cozidas.

As pamonhas iam cozinhando num fogareiro improvisado com tijolos e uma chapa de ferro.

Enquanto os trabalhos iam sendo executados, as fofocas iam atravessando o tempo.

Tinha momentos que todas falavam de uma só vez e se entendiam.

Quando ia passando do meio dia, as pamonhas já iam ficando prontas.

Pamonhas de sal e pamonhas de doce.

Todas com bastante queijo no interior da massa.

Uma parte da massa mamãe fazia bolo de doce no forno do fogão a lenha.

Outra parte era feito coral, ou mingau de milho verde.

Café fresquinho, pamonhas quentes, festa familiar.

Que bom que tive a oportunidade de viver essas experiências familiares.

É isso aí!

Acácio Nunes