vírus impregnava todo o meu ser...

Veneno necessário e mortal

Em minha profissão somos sujeitos a adversidades naturais da vida do campo, seja ele um bicho peçonhento ou a fenômenos naturais como relâmpagos, trovões além de enxurradas, mas como no Nordeste pouco se vê de água podemos descartar..

Estava eu em um dia normal de trabalho e ao passar perto da porteira senti uma queimação em um dos dedos dos pés, na hora imaginei que tivesse pisado na enxada já que estava só de sandália de dedo, sei que devemos sempre usar EPI, mas quando se esta em casa, na casa do ferreiro é espeto é sempre de pau, já dizia o velho ditado.

Em mente imaginei ter sido cobra, já que no cariri são encontradas diversas nesse período, mas graças a Deus foi apenas um escorpião amarelado que vi atravessar as varetas de madeira da cerca, como pode um bicho tão pequeno causar tamanho estrago?

Perdi a sensibilidade do pé esquerdo e agora como ir a um hospital se o mais próximo estava a quase 60 km e você encontrava-se sozinha em um dia chuvoso no meio do nada no cariri... Não vou mentir que não senti medo, medo de não encontrarem-me com vida quando voltassem ao sítio, Isso que dá ver muita Televisão, a mente flui muito no besteirou....(risos)

Calafrios e febre atenuante Noites a dentro, vi em tua imagem a zombaria de um fantasma, nunca sente tanto nojo de tua imagem bendita tenha sido o veneno mortal de teu amor!

Quem diria através da bicada de um aracnídeo eu esqueceria totalmente você, meses tentando e você como um vírus impregnava todo o meu ser...

Ana Cunha
Enviado por Ana Cunha em 24/07/2017
Reeditado em 07/08/2017
Código do texto: T6063472
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