Sobre gente que cativa

Este não é mais um texto sobre alguém, nem tampouco abreviações do que é ter alguém por perto. Você pode pensar que é apenas a descrição de uma vida e até mesmo sobre a amizade. É mais um agradecimento a alguém especial – é sobre saber que é amado. É sobre conhecer alguém que é tão grande, mas tão imenso e exuberante em tudo. E ao mesmo tempo, simples.

Falo do Sr. T

Acho maravilhoso perceber o quanto algumas vidas vão de encontro com a nossa de um modo tão mágico e bonito. Num mundo grandioso com bilhões e bilhões de pessoas – é mesmo um milagre encontrar pessoas assim, como o Sr. T. Pessoas raras e que fazem grande diferença em nossa marcha.

A gente vive numa correria e, que as vezes, no fim do dia até nos perguntamos se deixamos de sorrir, se fizemos alguém sorrir durante aquele dia. Você talvez nem perceba, olhos também sorri – almas transbordam! Perceba o olhar, a essência do outro está ali. Falando em olhar, o Sr. T marca com o olhar... Ele é bem apertadinho, quase não visível – mas o Sr. T sabe mostrar o olhar a quem merece, a quem deseja senti-lo, e enxergar sua alma e ver a alma do outro também. Sem medir esforços, ele olha e te entende e te cativa.

Ana Jácomo em sua definição de amigo, fala:

“Amigo, obra-prima que conta o milagre que acontece toda vez que a vida arruma um modo para aproximar as almas irmãs. Buquê de risos desarmados, olhares que ouvem, abraços que dizem. Árvore frondosa e a sombra dela, onde podemos descansar um pouco, ouvir o canto bom de um passarinho e outro, sorrir para a folha que sabe dançar mesmo quando cai. Lugar de azul macio quando faz sol no coração da gente e quando as chuvas mais fortes alagam nossos olhos. Canção feita de acordes que acordam belezas que às vezes demoram à beça para cantar de novo. Uma ideia feliz do quanto o amor é pura arte.”

Tem definição mais bela que essa?

Ao lê-la, vejo o Sr. T

Você pode ver diferenças de idade entre amigos – e daí? Amigo não escolhe época, data de nascimento, tempo bom ou ruim. Não encontramos, eles são enviados. São presentes.

É abraço inesperado e sincero. Abraços que falam e que não falham quando precisamos. É acalento e, silêncio; tão cheio de vida que só quem sabe do poder de um abraço, entende. Porque podemos até visitar o céu ao mesmo instante.

Podemos até ficar distantes, por obra do destino ou de escolhas – porque a vida exige de você que voe por outros ares e sonhe e persista!, mas você que tem um amigo assim, ‘desses que te faz lembrar que o amor é pura arte’, nunca o esquecerá e tenha certeza, nada mudará entre vocês. Nada.

E cada vez que o vemos, tentamos absorver um bocadinho da sabedoria, da fé, do encantamento e do sorriso que leva no rosto.

Sr. T é exemplo disso. A cada novo encontro, novas oportunidades de conhecer um ao outro. E na distância, permanece a orar um pelo outro.

Sei um pouco da vida dele. Ele não é de contar de suas dores. Prefere relatar dias alegres – dias com sua mãe; dias em que sorria e chorava quando ainda criança na escola; de época quando adolescente e jovem, ele também já falou.

O Sr. T sabe que quando ficar triste, cansado e aborrecido, ele pode ir até as lembranças boas, porque elas têm um jeito de renovar a energia no momento presente. Ele me ensinou isso! Além de sobretudo, não permitir nunca, mas nunca perdermos a fé.

O que mais falar de alguém assim?

Desejo de verdade, um dia, que todos tenham a oportunidade e a sorte de conhecer gente assim, como o Sr. T.