Professora

Levantei cedo, meu coraçãozinho estava a mil, seria o meu primeiro dia, e se não bastasse à primeira vez em uma escola. Vamos menino! Ouvi uma voz, que acelerava ainda mais; Toma seu café, vai se trocar! Anda logo, parece que não quer ir para a escola, deixa o burro puxar a carroça, ele não está precisando de ajudante! Joãozinho... Já estava viajando, aquela voz nem se ouvia, apesar de estar lá. Como vai ser. Uma professora atenciosa, que com sorriso no rosto, ensinasse as primeiras letrinhas. A mente de Joãozinho era um turbilhão; O que posso levar para a professora? Uma fruta! Vou leva uma mexerica, os adultos dizem que é saudável. Joãozinho! Gritando bem perto do meu ouvido. Já sei, estou pronto. Camisa quase transparente, muito ansiada e engomada, calça azul, e chinelinho de dedo. Senta menino! Vou servir seu leite. Too com dor de barriga mãe! Toma seu café, e come uma fatia de pão, que passa. Escolinha do interior! Lá no alto do morro, se avistava ao longe... Pensando... Que vergonha, todo mundo estranho, um saquinho de arroz embaixo do braço, com alguns lápis usados, e um caderno velho, arrancadas as folhas rabiscadas. Há uma mexerica, a mais linda que apanhei no caminho, à beira da estrada. Todos sentados, como se fossem estátuas. Naquele tempo, professora era autoridade máxima! Tremendo de vergonha, e medo, balbuciei professora, trouce para a senhora. Obrigada! Como você, se chama? Joãozinho, professora!Vou deixar em minha mesa, no recreio, me deliciarei. Aquela cena foi a mais pura imagem de minha vida! A sinceridade brotava daqueles olhos, não a como descrever... A professora que pega na mão, é o anjo que nos conduz, para a VIDA TODA.

Pitter
Enviado por Pitter em 22/03/2014
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