O PERSEGUIDO (EC)

Acordou sobressaltado ao som.

Virou-se, sonolento, ao relógio.

Não despertara.

Segundo seguinte identificou.

O interfone.

Espiou pelo sistema de vídeo da TV.

Ela...

Novamente...

Não dava sossego...

Grudara...

Não adiantava fugir.

Mudava-se e descobria seu endereço.

Sorriso amargo lembrando-se de Atração Fatal.

Essas besteiras que se faz na vida.

A outra lhe jurara tanto amor.

O interfone insistiu.

Nem pensar em atendê-la.

Se preciso, passaria o dia escondido...

Em silêncio.

Respirar somente bem baixinho.

Insistia...

Três... Cinco... Dez vezes...

Esse tipo de gente não dá sossego.

O zelador atendeu-a...

Conhecedor desse problema que tanto aflige aos homens, acumpliciado e solidário, com alguma dificuldade convenceu a mulher a voltar outro dia.

Ufa! Desabou no sofá aliviado.

Desta vez , escapara da Oficial de Justiça que tentava citá-lo para pagar a pensão alimentícia.

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 08/07/2013
Código do texto: T4377566
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