Amo-te meu Pai

Hoje cantei e toquei para ele.

Não, não é porque hoje é dia dos pais! Talvez eu me culpe por não falar-lhe muitas vezes que “o amo...” Mas falo quando já não aguento de saudades. Eu mudo isso um dia. A mudança já está em mim.

Hoje segundo domingo do mês de agosto, acordei, fiz a cama, banhei-me, um copo de leite, vir para o quarto, e enfim, liguei para ele. Primeiro “Bom dia!”, depois pedi pra cantar uma música... depois pedi para cantar novamente, com o violão. Ele diz: “Está bem”. Depois um grande e arranhado “Feliz dia dos PAAAIS!”. Senti em sua voz, do outro lado da linha a emoção precisa. Durante cada nota, cada verso cantado ou dito.

Ele me chamava de “princesa”. A história é bem velha. (risos); Era assim que meu pai me chamava. Queria poder chama-lo de herói, mas o chamei de pai. Esta foi a minha primeira palavra dita. A verdade é que ele ainda me chama de princesa, às vezes um pouco oculto – mas eu sei, eu sei.

E coloco-me agora no lugar das filhas (os) que sentem falta de um pai, e os dos pais que sentem a falta da sua princesa ou dos seus príncipes. Reconheço meu grande amor a cada dia que estou distante dos meus amados. A cada “Até logo!”, um “te amo”. E então as saudades aumentam mais ainda.

Elisângela Feitosa
Enviado por Elisângela Feitosa em 04/02/2013
Código do texto: T4123041
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