Nina - Parte 8

Na hora marcada lá estavamos nós no cinema, aquele cheirinho de pipoca, coisas gostosas que nos deixavam com água na boca, como todo programa de cinema que se preze não podia faltar a pipoca nem o refrigerante e assim o fizemos, e com os ingressos na mão fomos para a sala, o filme era de ação, mas também se fosse romântico seria clichê demais. Mas enfim, em pouco minutos as luzes se apagaram , o filme começou, toda a galera vibrou naquele momento, o frio tomou conta da sala, isso foi um mero detalhe porque minha tarde estava sendo ótima, depois de alguns minutos eu estava congelando naquele frio, Murilo como sempre todo gentil me envolveu em seus braços para me aquecer, no momento daquele gesto senti meu coração bater mais forte, acho que minha pele, meu corpo transmitia tudo o que eu sentia naquele momento, não podia deixar passar essa oportunidade e nem queria, e senti tão forte que essa vontade também era compartilhada por ele, pude ter a certeza de que eu não estava me iludindo, Murilo passou sua mão pelo meu rosto lentamente, com a atitude que era pra mim a tão esperada, o nosso primeiro aconteceu.

Nem conseguia descrever qual a sensação que me dominava naquele momento,meus pés pareciam sair do chão, meu corpo, minha pele parecia ter vida própria. A única coisa que sabia dizer é que não me concentrava mais no filme,meus olhos brilhavam somente para ele, meu olhar só queria encontrar os dele, e pensar que nunca mais ficaria longe deles.

Depois desse dia, não nos separamos mais, fui logo dizendo em casa pra minha mãe que ficou feliz com a noticia, já que Murilo tinha agradado á todos em casa, meus pais aceitaram sem problemas. Ficavamos horas no celular conversando e parecia que sempre tinhamos algum assunto a mais. Depois da aula passeavamos pela pracinha que ficava perto do colégio, os amigos do colégio torciam por nós e diziam que já não era sem tempo. Passeios ecológicos com os amigos, banhos de cachoeira, banho na chuva que eu gostava tanto ele também compartilhava comigo. Me sentia completa e não tinha mais medo de esconder isso.

Em meio a toda essa nova fase da vida, um ano se passou e nós continuavamos firmes, Murilo me ensinara tantas coisas, me fez mulher, demonstrava seus sentimentos sempre que podia, e eu os retribuia com muito amor e carinho que eu pudesse dar, eu o acompanhava nos eventos quando ele tocava, e muito bem por sinal. Aquela música que ele tocou para mim lá no colégio a alguns anos atrás tinha ficado conhecida e vinha fazendo cada vez mais sucesso. Era comum ouvir das pessoas que o viam tocar que um dia o seu talento seria reconhecido.

Todo aquele sentimento havia me distraído de uma situação muito inusitada que estaria por vir.

 

Mística
Enviado por Mística em 06/07/2011
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