Um Par de Tênis All Star Vermelho

Era um mulherengo de primeira categoria. E assumia isso orgulhosamente. Na verdade, havia se especializado em estudantes universitárias. Certamente pela comodidade, trabalhava numa oficina automotiva que tinha a sua fachada principal voltada para uma universidade pública. As suas vítimas sempre iam até seu local de trabalho se queixando de algum problema nos seus respectivos veículos e terminavam não somente recebendo assistência técnica como também sendo seduzidas pelo mecânico.

Na verdade, a sua aparência colaborava bastante nas suas conquistas amorosas. Alto, forte, cabelos longos e olhos verdes, Álvaro não precisava muitas vezes nem sequer falar coisa alguma para conseguir mais uma jovem para a sua extensa lista de amantes. Os seus colegas de trabalho apostavam semanalmente quantas estudantes o rapaz levaria para o seu quartinho, o qual ficava a oito metros dali. E sabiam que nunca era menos de três por semana. O único que não gostava desse sucesso com as mulheres era o seu patrão, o Sr. Sigismundo, o qual julgava que isso iria terminar prejudicando o seu negócio. No entanto, o mesmo logo mudava de idéia quando Álvaro "humildemente" alegava que, pelo contrário, ele era o garoto propaganda da oficina, pois muitas vezes as alunas inventavam problemas no veículo apenas para vê-lo de perto.

Mas como tudo na vida tem início, meio e fim... Álvaro foi flechado pelo cupido do amor. E a sua predadora foi uma estudante, ainda caloura, apenas com vinte aninhos de idade. Apaixonou-se pela jovem à primeira vista, viu nela uma beleza que nunca houvera visto na vida. A moça chegou na oficina se queixando de que o seu fusquinha amarelo estava com o cano de escape fazendo um barulho desagradável. Àlvaro atendeu-a prontamente, sempre priorizava as suas vítimas. Foi para baixo do carro e ajeitou o cano de escape facilmente. Então, quando recebia o pagamento pelo serviço, aproveitou para executar o antigo procedimento de entregar o seu cartão onde constava o seu endereço e o seu telefone celular.

Continua em Breve.

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Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 17/09/2006
Reeditado em 10/07/2011
Código do texto: T242545
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