SEM VOLTA

Naquele dia bebeu demais, além da conta.

Os amigos tentaram persuadi-lo a voltar para casa de táxi, mas não conseguiram.

Entrou no carro.

Saiu acelerando, cantando pneus.

Então, em uma rua aparentemente deserta, acelerou, mais e mais.

O som estava alto e conforme o ritmo da música aumentava ele acelerava.

De repente um barulho.

Ele perdeu o controle do carro e ziguezagueando pela a avenida parou ao bater contra o acostamento.

Após alguns segundos, para controlar a adrenalina, percebeu que nada lhe ocorrera, estava inteiro, sem um arranhão sequer.

Sentia somente o efeito da bebida, estava tonto.

Com muito custo sai do carro cambaleando, nesse momento a polícia chega juntamente com uma viatura do corpo de bombeiros, no entanto, percebe que, ao invés de irem até onde ele está as viaturas param há alguns metros.

Então, no meio da confusão que se encontra, ele vê um corpo, imóvel, caído no chão, vê também, que há alguns metros há uma bicicleta toda destruída.

Nesse momento percebe o que aconteceu.

Desesperado cai de joelhos, mas sabe que nada mais pode ser feito.

Acabou.

Sabe que, a partir desse momento nunca mais será o mesmo, pois, o ferimento que teve na alma foi profundo e talvez nunca será cicatrizado.

Marc Souz
Enviado por Marc Souz em 25/07/2010
Código do texto: T2398761
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.