A PORTEIRA ABERTA

Microconto

---------------

Depois de andar por alguns minutos por uma estrada de barro, Danilo chegou na entrada da fazenda e estranhou a porteira totalmente aberta, não havia ninguém ali. Algumas vezes quando nesse local chegava era impedido de entrar por alguns capangas que até o ameaçavam. Uma única vez ele adentrou nessa fazenda, ali residia seu grande amor, mas... o que estaria acontecendo? Por que a porteira estava aberta sem ninguém para evitar que adentrasse?

Calmamente o rapaz entrou, dessa vez estava livre para entrar sem ser importunado. Seguiu o caminho que já conhecia em direção ao sobrado amarelo em estilo colonial. Pela estradinha de pedras não viu ninguém, na vez que passou por ali sempre tinha alguém para olhá-lo em silêncio parando o que fazia. Um deserto total. Estranhou também, sentiu falta de algum sorriso ou simplesmente dos olhares curiosos.

Chegou ao sobrado, as portas e janelas estavam fechadas, admirou-se com o que viu, geralmente as via abertas, mesmo quando não podia entrar. Que estaria havendo? E Rosinha, seu grande amor? Onde estava? Deveria estar ali para recebê-lo! Durante minutos ficou ali, parado, imaginando a razão de tudo aquilo. Não estava entendendo. Foi aí que acordou sobressaltado, um barulho na cozinha o despertou. Sua mãe já gritava de lá: "Filho, o café está pronto!"

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 12/04/2024
Reeditado em 12/04/2024
Código do texto: T8040240
Classificação de conteúdo: seguro