Fui Pelas Ruas O Menino Que Mudou revisão 1

Este trabalho que contém um pequeno conto, poemas e poesias é escrito por mim, um ex menino de ruas, ex menor abandonado e conto minha própria experiência com o intuito de conscientizar e ajudar outras pessoas que sofrem ou já sofreram o mesmo problema que eu, com o meu exemplo de mudança reforçando a idéia de compreensão do menor abandonado e sua situação social.

*Neste conto não têm nomes reais (nem mesmo fictícios) de pessoas apesar de ser baseado em fatos reais. O objetivo é pacífico para encontrar soluções para nossa sociedade.

Capítulo 1

O Menino vai pelas ruas a vagar, a chorar sem ter pra onde ir , onde dormir, comer, se acolher. Onze (11) anos de idade, num mundo a enriquecer mas a perecer...

Sua mãe legítima, com atestado de esquizofrênia, que teve crise dessa doença dos nervos em um parto, talvez no seu nascimento, o rejeitava um pouco, talvez por esse motivo, achando o causador de sua doença crônica mas não hereditária (talvez fruto de algum susto, ele nasceu em junho mês de muitos raios e trovões assustadores ).

Ela lhe batia quando ele errava e, por ele ter gasto o dinheiro de comprar a comida da sua sobrinha menor, o expulsou de casa pela segunda vez. Ela era legal e trabalhava costurando roupas e cuidava bem dos filhos mas em algumas ocasiões era muito brava e nervosa com pouco estudo pois não sabia ler.

Capítulo 2

Ele foi parar no centro da sua cidade, recife, sua cidade natal, conhecida como a mais violenta do mundo; com muitos menores de ruas cheirando cola, roubando, viajando nos parachoques dos ônibus...até dos ônibus elétricos da época...Ele ficou sentado na calçada chorando muito, com medo, se sentindo perdido. E infelizmente...ele se tornou um deles, sobrevivendo com muita luta. Então ele já estava com quatorze (14) anos, tinha deixado de ser criança e se tornara um adolescente.

Capítulo 3

Lá estava ele, pelas ruas, sendo preso algumas vezes, levando surra bastante de certos policiais que o batiam até mesmo sem ele cometer erros pois nem sempre ele estava errado. Pois era um alvo naquela situação. Existiam alguns policiais até simpáticos que o soltavam por bom comportamento. Afinal de contas seus deslizes eram poucos e aleatórios, foi aprisionado em poucas situações porém foi maltratado em algumas vezes o bastante.

Eram prisões passageiras, a que mais durou foi de dezesseis (16)dias, quando foi bastante torturado em prisão de maiores de idade sendo ele ainda de menor.

Capítulo 4

Voltando mais lá atrás, quando ele era ainda criança de uns seis (6) ou sete (7) anos mais ou menos houve um evento que teve tiro de metralhadora na sua cama quando este estava dormindo a noite em um casebre com sua mãe adotiva, que antes já havia sido presa por três(3) anos em colônia penal feminina, dirigida por freiras, (e ele ficou junto dela também na cela da prisão quando ele tinha apenas três (3) anos de idade.

Ela foi presa injustamente como sendo traficante de drogas por supostamente alguém ter jogado drogas na sua cama, talvez para livrar-se do flagrante de ser presa e ela levou toda a culpa.

Bem, agora já tinha passado a noite e a sua mãe adotiva junto com moradores do local, uma favela onde moravam em casas pobres de madeiras, explicaram que foram policiais militares do seu Estado que supostamente atiraram em bandidos e a bala veio parar na sua cama, justamente onde ele costumava colocar suas perninhas em cima do espelho do móvel, nessa noite felizmente ele não colocou-as no local e foi salvo de ser atingido. O estranho é que nenhuma autoridade foi pedir-lhes desculpas ou ao menos tentar saber o ocorrido. Para que houvesse uma indenização...Ele já era um sobrevivente de guerra desde pequenino.

Capítulo 5

Voltando a adolescência, o menino aprendeu lavar carros mesmo usando drogas, depois aos dezoito anos foi para uma igreja e sem entender muito os fatos bíblicos e ensinamentos virou um crente fanático, largou o vício, e foi convidado por um missionário para trabalhar auxiliando em uma casa de recuperação de drogados em Manaus, Amazonas. Ele aceitou o convite e viajou com o missionário que era também natural do seu Estado e era muito legal com ele.

Infelizmente ele tinha parado de estudar há muito tempo e era muito cético de religião e his por exemplo e se confundiu por com as orações do missionário e igreja e largou o trabalho de auxiliar de obreiro que trabalhou por pouco tempo.

Capítulo 6

O Menino agora já era um jovem de mais ou menos vinte anos e continuava sendo evangélico de outra denominação de igreja.

Ficou mais uns três (3) anos sendo evangélico praticante depois virou mundano novamente só que agora tinha aprendido a tocar violão e sonhava ser músico profissional, sonho que carregava desde os oito (8) anos de idade, mais ou menos.

Caiu nas drogas como antes porém já não roubava, errou apenas algumas vezes, quando por exemplo mentiu ou vendeu o violão de um companheiro da igreja para comprar o material do vício.

Ele era insultado por muitos das igrejas. Diziam mentiras e malvadezas dele, e até o enlouqueciam propositalmente falando para ele ouvir indiretamente falsos testemunhos e o dono do violão também fazia isso e isso o revoltou e fez ele vender o seu violão para pagar depois. Pois ele ouvia suas palavras enquanto era alimentado por eles... nesse tempo ele vivia de favores pelas casas dos outros das igrejas, largara dos empregos que conquistara trabalhando empregado apenas por pouco tempo por causa de seu terrível vício que lhe causou pneumonia grave posteriormente.

Continua...

PoetaFlorisvaldo
Enviado por PoetaFlorisvaldo em 11/07/2023
Reeditado em 12/07/2023
Código do texto: T7834864
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