MADRUGADA DE MAIO
Madrugada de maio
Uma chuva fina rolava na vidraça embaçada,
Naquele fim de madrugada fria de maio.
Na calçada, apenas reflexos das luzes,
Nas gotículas de água que desciam como neve,
Sem se interromper, junto às folhas das árvores.
Às vezes, alguns animais noturnos passavam correndo em meio à chuva.
Na frente da minha vidraça, eu observava aquela madrugada cinzenta de maio.
Enrolado no cobertor, eu apreciava aquele silêncio encantador.
Era um silencio misturado com o vento leve que soprava na minha janela.
E a fina chuva, às vezes, era arremessada contra a minha vidraça.
Meus olhos um pouco lentos e pesados observavam o cair daquela chuva de maio.
Quando saí da janela e puxei a cortina,
Alguém no outro quarto perguntou com voz baixa:
- Você está acordado?
Imediatamente deitei-me e fingi estar a dormir.
Era uma madrugada chuvosa de maio!
(Acácio)