Entre os becos do diversificado mercado na principal avenida.
Há uma barraca de lona com um berço ao lado, onde descansa a pequena Etuhole, enquanto sua Ouma (Avó) limpa os caranguejos para serem cozidos e vendidos em cabaças da casca de coco.
Ao entardecer ela veste a capulona encaixa sua netinha nas costas e recolhe todos os apetrechos, e coloca-os dentro do berço, cobre-o com plástico encerrando sua jornada de trabalho.
Caminha cerca de oito quilômetros até chegar em seu macumbo (uma espécie de cabana construída artesanalmente com folhas, palha de coqueiro, palha de cana,latas velhas, madeiras, cipó ou prego..
Faz uma sopa de ,com amendoim dá a sua neta e também se alimenta para logo em seguida dormirem.
Assim Ethuole cresceu e quando aos 7 anos frequentava a escola enquanto que sua Ouma ficava na feira.
Da janela do metrô em Londres, Etuhole chora silenciosamente com a lembrança de sua Ouma.
Sangra o pensamento quanto ao despedir-se dela, quando tinha apenas dezessete anos, a seu pedido saiu para prosseguir os estudos.
Advogada, hoje, colabora com uma ONG ajudando refugiados oferece um emprego para consertarem bicicletas e têm uma ajuda semanal de 36 libras para manterem suas necessidades básicas.
Uma vez por ano Etuhole volta ao seu macumbo a Gana para cultuar a presença de sua querida Ouma, chamando os vizinhos e fazem sopa com fufu e amendoim e dançam em sua homenagem.