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            CAPÍTULO II

   Beto não teve nenhuma dificuldade em conseguir os cigarros de maconha. Depois do jantar, com algumas prostitutas das redondezas ele e os amigos iriam a um motel para uma farra inesquecível.
      
Beto era filho de um industrial riquíssimo. De má índole, genioso e agressivo, não trabalhava e era o que se costuma chamar de filhinho de papai. Ninguém duvidava que tivesse ligação muito próxima com marginais e alguns até diziam que ele costumava roubar carros só pelo prazer de roubar e destruí-los em seguida.
    
Péssimo aluno e se era um dos formandos, isso devia-se a inúmeras vezes em que pagou a outros alunos para falsificar suas provas. Em resumo, era um pequeno bandido do asfalto...

   
Mamãe Quêta não amanhecera muito bem. Aliás, não dormira direito. Problemas de coração e pressão alta. Permaneceu no quarto quase que o dia inteiro, o que fez com que Vitória ficasse muito preocupada.
   
Aquele bordel era um velho sobrado de dois andares. No andar térreo uma ampla sala com dois sofás surrados serviam de uma espécie de recepção para os clientes. As meninas, em trajes sumários circulavam pela sala tentando seduzir os clientes.
   
A um canto da sala um velho aparelho de som tocava boleros e outras músicas de dor de cotovelo e no canto contrário ficava uma espécie de pequeno bar, onde se vendia bebida de qualidade duvidosa.
   
Os quartos ficavam no andar de cima. Uma velha escada de madeira em caracol, infestada de cupins ficava no outro canto da sala. Os dois outros cômodos da casa eram um pequeno banheiro e uma minúscula cozinha, todos em péssimo estado de conservação...

   
O jantar  transcorrera numa alegria exagerada. Exagero foi a palavra certa para a quantidade de bebida consumida por Bernardo, Beto e seus colegas. Beto fez questão de pagar a conta. Tinha planos de recuperar o dinheiro na primeira oportunidade em que pudesse pegar as carteiras dos amigos.
     
Enquanto os demais colegas consumiam a última rodada de cerveja, Beto  pediu licença e saiu . Num tom de voz baixo disse aos amigos que ia convidar algumas prostitutas...

      
Quêta não estava nada bem. Continuava no quarto e nem fora a sala de visitas cumprimentar os clientes habituais das sextas feiras, como sempre fazia. A casa estava cheia. Vitoria, preocupada com a mãe, saiu do quarto informando que iria a uma farmácia próxima para comprar comprimidos analgésicos. Com uma saia curta, blusa decotada e cabelos esvoaçantes, ganhou os habituais elogios e assobios quando cruzou a sala. Como já estava acostumada, não deu nenhuma importância.
    
Quando saiu a rua e virou a esquina, deu de cara com Beto, que ficou impressionado com a beleza da moça. Bêbado, mas sabendo exatamente o que estava fazendo, agarrou seu braço e quis beijá-la à força.
   
Vitória desvencilhou-se e tentou correr, mas como Beto era mais forte pôde alcançá-la com facilidade. Nesse instante, Bernardo e os colegas vinham chegando, também bêbados e às gargalhadas incentivaram Beto a abraçar e beijar a moça ali na rua mesmo. Quem sabe, estuprá-la diante de todos.
   
Aquela hora a rua tinha pouco movimento. Num último esforço, Vitória desvencilhou-se e correu para o prostíbulo. Os rapazes foram atrás. Bernardo entretanto, ficou indeciso. Queria se divertir com mulheres sim, mas não daquela forma.
  
Beto estava enfurecido e perdeu totalmente o controle quando percebeu que havia sangue nas suas mãos. Vitória cravara suas unhas com toda força no rosto daquele horrível sujeito que não conhecia...

                           ...continua...


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(...imagem google...)
WRAMOS
Enviado por WRAMOS em 11/06/2018
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