sapato lindo

- Tira a calcinha, menina. Anda logo que não tenho todo tempo do mundo.

- o senhor vai fazer o quê.

- Só quero olhar

- Qual é a graça

- A graça é minha. Tira logo!

- Já to tirando.

- Espera! Devagar...quero bem devagar

- Assim...

- Fez o que eu mandei

- Fiz

- Ficou bem raspadinha?

- Tudo do jeito que o senhor pediu.

- Humm...que linda ficou

- Pára! Não pode colocar o dedo.

- Claro que posso!

- Não por cinquenta reais...terá que me dá pelo menos 100

- Cem não pago. Te dou uma roupa daquelas. Você escolhe.

- Tá. Hum... devagar.

- Delicia...ta molhada assim? Ta acostumada com isso né.

- Não é da sua conta, seu milton

- Que gostoso...você tem o corpo muito gostosinho, viu marina.

- Já chega. Tenho que ir.

- espera sua piranha. Não terminei ainda

- se me xingar de novo, conto pro meu pai que você me pegou a força

- não faça isso!

- me dê logo meu dinheiro!

- não gostei dessa brincadeira!

- então não faça coisa que eu não quero.

- ta na mesa

- o senhor vai querer de novo

- você é maluca

- vai ou não vai?

- semana que vem você volta

Marina saiu pela portão. Olhou para os dois lados e cuidadosamente atravessou a rua. Na outra calçada sandra

Lhe esperava.

- deu certo?

- Deu

- Quanto

- 30

- só?

- Sim

- Ele jurou que daria pelo menos cinquenta

- Então ele mentiu..

- Estranho

- Toma 10

- 10?

- A gente volta outro dia ai te dou mais

- Que ir em outro lugar?

- Onde

- Na fazenda de cana,

- Na terra de seu Santana

- Ele mesmo

- Ele paga também

- Sim

- Quanto

- Vamos lá

Antes passaram no sorveteria de seu Antonio. Olhou longamente para o velho e ficou imaginando o velho.

- sandra

- o que

- acha que seu antonio...

- pára. Não é assim. Não pode contar pra ninguém

- ninguém

- é...somente alguns homens gasta dinheiro desse jeito.

As duas saíram em direção a fazenda de seu Santo.

- tomara que o velho na seja mão de vaca.

- tomara

A noite ainda havia uma festa pra ir. O dinheiro tem que dá pra comprar aquele sapato da loja de dona graça

- que sapato lindo