Efêmeros ideais

É real. Fora tudo o que tudo era ouvido, ou apenas o que queria ouvir. Pobre jovem, decidiu entregar seu coração a um ser que não sabia cultiva-lo. Em momento algum se arrependeu por amar. Porque o amor sempre fora perene nele. Não é o tipo de cara que vive coisas efêmeras, apenas vive. Vive na intensidade de quem respira pela última vez.

Numa sexta pós feriado, decidiu sair com os amigos. Pôs em sua cabeça que seria hora de viver efemeramente. Aproveitou os vãos momentos, mas decidiu que seriam apenas presságios, sem frestas para novos horizontes. Mas ele não queria ser intenso, porque seu coração fora maltratado e, por mais que houvesse sensibilidade, decidira dedicar-se aos efêmeros ideais.

Traduz-se efêmero aquilo que é passageiro, mas o que fazer quando uma das partes é perene? É, jogador, parece que nesse jogo injusto da selva que é o amor, sempre haverá alguém que receberá espinhos, mesmo atirando flores. Dizia o poeta que "amor é fogo que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente", dentro desses paradoxos, cabe o universo e dentro do universo estamos nós. Mas quem entende?

Quando se está cansado de ser 'tolo', fica meio complicado acreditar nas meias verdades, na sensibilidade, no ser, no outro. Mas pode acreditar, jogador, as palavras que aqui te escrevo, não são vãs. Quando se escreve, o pobre autor que a te dedica, extarnaliza o que enche o coração.

Mas há muitas pedras no meio do caminho para enaltecer ideais efêmeros. É preciso que saibamos dedilhar as sensações para que elas não nos devorem. É, jogador, me parece que a amizade vai desabrochar, porque é esse tipo de pessoa que eu quero ter ao meu lado, que eu quero chamar de amigo.

Na efemeridade da vida, nos olhos se encontraram e, parece que desabrochará uma rosa amarela, é que não seja efemera.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 17/10/2017
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