A contradição da normalidade

Já se passava quase 8 meses

Ele não dava as caras parece que finalmente tinha conseguia o que queria... grande idiota eu pensava, para falar a verdade no começo tinha muita raiva, o porquê disso? Porque essa tara? Com esse troço de exilio tanto egocentrismo... tudo isso para ser notado?

Confesso que uma vez por mês, quando chegava do trabalho, depois de umas lidas nos meus variados perfis nos veículos de comunicação, uma hora o outra eu olhava aquelas bizarrices, as fotos dos amigos junto a ele iam sumindo... por vez ou outra era uma contradição. De repente em raspas de uma quinzena de dias as vezes aparecia, dava as caras com um sorriso, exaltando sempre as coisas que estavam ao seu redor, passavam-se 30 minutos desistia... depois de um tempo apagava...

Uma vez em uma reunião de licores, resolvi mostrar isso as pessoas que já foram amigos muitas delas soltavam comentários com um certo humor, “lembro de quando ele era marxista” em contrapartida outras “quando era marxista era até legal, e quando começou a ler uns escritores conservadores” enfim... todos concordaram, um lunático...

As paixões romantizadas da qual ele ficava idealizando, sempre foi fraco, poucas vezes ele saia por cima quando se envolvia com alguém e sempre, sempre iria a o extremo... Hoje eu nem quero saber o que realmente passa na cabeça daquele idiota, eu torci em torno desse tempo, para a contradição da normalidade viesse a afetar aquela cabeça contraditória. Ele já tentou fazer isso algumas vezes e falhou, dei tanta risada do resultado final, por fim vou ficar sem entender afinal para ele somos encéfalos que nunca vamos entender nada...

Douglas De Carvalho
Enviado por Douglas De Carvalho em 26/09/2017
Reeditado em 27/09/2017
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