A CARÇA MALI ASSOMBRADA

Jonacy Lopes.

A carça mali assombrada-

Quando eu era mocinho já com o pé do bico do bulê impenujando, e logico andando atrais di da umas namoradas, surgiu lá na região uma tali carça istop, era urtima moda usar aquelas carças, era o inicio da febre da carça jeans sonho di consumo de toda juventude.

Mais o trem era difici a tali carça istop era um objeto caro nê, e agente era di famia fraca, ficava babando oiando os fi dus graúdo dentro daquelas carças.

Mais di fato é que eu trabaiei umas duas semanas roçandu pasto pra comprar a tali carça isto aproveitei e comprei uma butina invocada e uma camisa di manga cumprida xadreizinha bunita qui só, parecia uma galinha pedreis...

Aproveitei que ia te uma festa lá nu Tabajara, pra istreia a minha ropa nova, di fato que chego o dia da tali festinha.

Di tardinha já fui mi apreparando, rapei um tiquinho de pelo que tinha nus queixo eu queria causar, chega e num faze fei..

Ai a noite chegou e do arpendi di casa eu via de longe o movimento que ia formando lá nu vilarejo, eu mi empacotei naquela ropa passei um perfumi bom di baxo du subáco, e triei pru vilarejo fui di pé memo era pertim pra que perder tempo arreiando animali.

Mais eu era mei medroso com as historias de assombração, e pior nu caminho lá na baxada perto da porteira tinha um bitélo di um pé di figueira que segundo as historias era mal assombrado, mais tava claro ainda eu encorajei e fui memo.

A tali festa tava boa memo muita caboclinha alinhada, eu tava pisano arto, tavo igual pão na lavagem todo inchado com minha carça istop, fazia questão di da uns tapinhas nela fingido tá limpando a puera, só prus outros oia. hehe

Fiquei lá ate as tantas, num arranjei nenhuma namorada, e o sono veio eu aresorvi ir imbora, fui caminhano na estrada ate que observei di longe o amardiçoado pé di figueira, rapais me deu arepio nu corpo e eu fiquei cum medo di passar por ali, mais num tinha jeito por cima era capueira fechada, por baixo o rio Manhuaçu, o jeito foi incara o trem e ir..

Eu matutei eu nem vou abrir a portera num pulo só eu passo correno, eu marquei a estrada e disparei igual boi brabo, pulei a portera e fui correno, mais ai que o trem fico fei, eu escutava o barui de alguém correnu atrás de mim, era choque choque-choque, eu nem oiava pra trais, num tinha corage pra num vê a tali assombração, quanto mais eu curria mais a assombração armentava a entuada atrás di mim, choque-choque-choque.....

Subi as escadas do arpendi de casa a mili por hora, quando parei pra pegar as chaves da porta o barui do choque-choque parou, eu fiquei paradinho escutano ate que encorajei e fui oiano de vagarim pra trais, di fato a assombração tinha sumido..

Ai eu dei uns treis passos pra ir abrir a porta percebi que a danada da carça istop fazia um baruio choque-choque, percibi ali que era a carça que tava fazendo o baruio..

Mais ali já era tarde tavo cançado de corre in tempo de da um infarti do coração de graça, e ainda por cima com minha carça istopi toda cagada..

hehe.....