O MENINO DO BAÚ

Mudamos para uma casa nova, num lugar onde ninguém queria... diziam que era mal assombrado, Mas, medo eu não tinha!

Entrei no quarto e tudo era sombrio... E no canto do quarto havia um baú achatado, parecia esquecido, alguém o havia bandonado... envolto em mistério... e naquela primeira noite fiquei assustada! Vi quando saiu dali um menino de olhos grandes, arregalados, brilhantes como diamantes. Cabelos negros como a noite sem luar. Boca sussurrante a liberar palavras que me hipinotizaram e emocionavam... Ele começou a me histórias de um povo de outrora,

Que viajava em carruagens ornamentadas e extravagantes, envoltas em magias deslumbrantes e bruxas que faziam feitiçarias em plena luz do dia...

Contou-me de uma garotinha, que perdeu-se da família... e muito sozinha buscava um caminho que a lavasse de volta para sua cama quentinha... muitas coisas aconteceram com a pobrezinha, que a levaram ao desespero... Mas ela encontrou um companheiro todo lombreiro com pernas compridas e de olhos esbugalhados e vermelhos. Tinha uma aparência como de cristal líquido. Falava ligeiro e levava tudo na brincadeira!... E com a menina fez amizade.

Ela e seu amigo esquisito viveram muitas aventuras emocionantes Mato adentro...

Até ela reencontrar o abraço de Seus parentes.

E o menino do baú contou-me muitas outras estórias emocionantes. Eu ficava paralisada e não me continha de euforia e contentamento.

Seu nome era mistério, sua voz imitava o barulho dos ventos e meus pensamentos tomavam direções estonteantes...

Eu o ouvia, encantada e a cada palavra que dizia meu coração acelerado batia...

Assim eu adormeci ele desapareceu... quando acordei, não estava mais ali. Mas deixou um brilho intenso no baú e uma fragrância de rosas no ar... Eu saltitante acordei e tentei encontra-lo, mas, ele havia desaparecido...

Passei o dia entristecida por não saber onde meu amigo havia se escondido.

Eis que a noite chegou e meu amigo misterio reapareceu e meu rosto resplandeceu de contentamento!

E foi assim todas as noites, eu não via a hora que anoitecesse para ve-lo novamente! Léo Lima

Leonice lima
Enviado por Leonice lima em 30/12/2016
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