Uma Rosa para Berlim - Verdades que esconderam 2.

Acordo com o pessoal do grupo de mulheres gritando e com barulho de tiros

de canhão. Barulho de explosões vindo da rua e barulho de aviões sobrevoando o

lugar. Marija me puxa e vamos para o lugar mais protegido que é no fundo.

- Precisamos de vocês nas munições! - Gritou um coronel bem novo entrando de

súbito e apavorado - reforcem as baterias! Carregar munição!

"Quê porcaria!"penso eu sendo levada por Marija. Vamos para a rua e o que vejo é

o inferno. Bombas caindo antes do amanhecer e as baterias antiaéreas abrindo fo

go cerrado. Metralhadoras e canhões em ação. Soldados desesperados tentando

se esconder. O coronel que nos acordou tentando arregimentar as tropas e espa

lhar estrategicamente.

- Ajudem na munição! - Gritou ele nos vendo. Me puxa para junto de soldados que

parecem adolescentes. Com a ajuda de Erna e dois recrutas, colocarmos projéteis

próximo aos municiadores. Vejo uma bomba cair próxima e uma metralhadora ser

acertada em cheio. O soldado voa pelos ares. Um grito de desespero de seu amigo

que pulou fora antes. Lili corre e o ajuda a se proteger pois, está no meio da rua e

novo ataque se aproxima. Ela leva ele para junto dos escombros do prédio ao lado.

Volsak se junta ao coronel que carrega uma idosa para se proteger.

-Deixa comigo, coronel Grabner! - E assume a idosa e o coronel, um pouco menor

que Volsak, corre para perto de sua unidade da SS que está ao lado. Ele é muito

forte e parece não ter medo de nada. Age com vigor perante seus comandados.

Eu quase me machuco pegando um projétil.

- Calma aí, mulher burra!- Gritou um soldado mais enérgico ao meu lado -sai!

Eu Obedeço com prazer. Erna me ajuda a sair dali me puxando pois, aviões dão

rajadas no local. Corremos para baixo de uma marquise quebrada. É o suficiente.

Ina aparece com uma MP 3008Volksmachinen pistole e se junta ao meu grupo.

Marija e Lili quase são alvejadas mas também se juntam a nós. Lale, Gerda Maria

e Gerda Mende são trazidas por Heindal que manca. Pequeno machucado na per

na o incomoda. Volsak olha para ele e fala :

- Saia daqui,tio! Vá descansar!

- Ainda posso lutar, filho! - Retratou ele sorrindo.

- Se proteja no abrigo que depois te mandarei em segurança! - Gritou o coronel ven

do a situação - leve ele para o subterrâneo - E o coronel Grabner faz sinal para obe.

decê-lo. Eu queria ser dispensada também. Mas ele nos mostra soldados feridos.

- Ajude-os a se deslocarem! Depois fiquem atentas aos outros.

E é o que fazemos de imediato. E o bombardeio continua firme e os prédios ainda

de pé começam a ser demolidos pelas bombas. Pessoas ficam estarrecidas e fim

cam escondidas como ratos em subterrâneos. Algumas se aventuram a sair para

ajudar no socorro a alguém ou algum soldado ferido.

Estamos em um subúrbio de Berlim bem retirado e vemos a região campes

tre bem a nossa frente. Vemos muitos canhões fazendo o cinturão de proteção.

Mas vejo muitos soldados mortos espalhados. Muitos aviões no céu de Berlim.

Parecem ofertar isso como presente ao Führer que faz aniversário hoje, 20 de abril

e parece que fazem com gosto." O que se passa na mente do Führer, hoje? " pen

so eu com minhas unhas que ando roendo de nervosa.