Diante desse desabar de águas

Narcisa está aflita pensando em sua família. Olha a gota d'água respingando na torneira e chora. Chora para limpar as impurezas da alma. Chora de saudade.

Narcisa lembrou-se da época em que não existia o que comer e beber onde morava, entretanto, lembra com carinho.

Período em que convivia com sua família e que sua vida não havia sido destroçada pelos seus sonhos egoístas. Tempo em que vivia feliz.

E foi assim que Narcisa tornou-se a menina sem rosto.

Menina com ar de infância perdida, presa num corpo de mulher moldado pela vida.

Para Narcisa, o que falta é a morte...

Está cansada de vagar e chorar um choro mudo, silencioso como suas cicatrizes.