Madrugada (Parte 2)

Como amante das memórias e esposa do presente, minha mente insiste em reviver o passado. Tentei enganar duas pérolas em uma só noite, mas sabe não rolou, foi difícil admitir a mim mesma que o medo perscrutou meu corpo, tentei enganar, mas não enganei e no final fui enganada de tanto querer enganar o que não se enganava. Nem lembrei que a primeira madrugada entregou a verdade, quando me vir diante da realidade recebi um choque de maldade, o seu olhar fixo em mim como o engatar de duas almas, se eu soubesse ler seus olhares, gostaria de saber o que o último antes da melodia quis falar-me, são detalhes que não se nega, são brados em versos límpidos, são pensamentos fora de si, são verdades que vem de mim.

Ta na memória.

Marta Santana
Enviado por Marta Santana em 21/09/2015
Reeditado em 25/03/2024
Código do texto: T5389163
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