Uma Rosa para Berlim - Roubo do quartel

O almôço e preparado e eu explico para Pétula o que queremos dela.

- Erna disse que você pode nos colocar em um arsenal militar - entrego um tomate

a ela - precisamos soltar uma amiga e precisaríamos de armas...

- Vieram a pessoa certa pois, conheço uns soldados que tomam conta de um arse

nal de armas usadas...por isso pouco vigiado e fácil de roubar as armas.

- as armas funcionam ?

- claro ! - disse ela olhando-me - são armas concertadas que vão para as forças

auxiliares e , seus vigias são fáceis de enganar.

- podemos agir o mais rápido possível ?

- hoje à noite mesmo, se tiverem coragem de encarar uns bobalhões !

- então faremos o serviço hoje mesmo !

Almôçamos caladas e depois descançamos um pouco. Tudo é relatado às

outras e a noite saimos para o destino final. Pegamos um carro e chegamos em

um quartel muito velho com soldados fora do peso e sem nenhum preparo.

Pétula vai até o sentinela que parece conhecê-la pois, vai logo agarrando-a e

beijando sem nenbum pudor. Ela cede e faz sinal para entrarmos em ação.

Nós descemos e vamos até o portão da guarda. Mais soldados aparecem e um

tenente magricelo se aproxima sorrindo e perguntando:

- Temos festa hoje ?

- festinha particular junto às armas , por favor ! - disse Pétula indo até ele e o abra

çando - como sempre fazemos !

Não entendo nada e acho estranho. Pétula fala em meu ouvido :

- sempre roubo umas armas e vendo no mercado.

Engulo em seco e sorrio meio sem graça. Erna me trouxe até uma ladra. Uma ladra

e prostituta. Senti um calafrio nisso tudo. Mas temos que continuar a operação.

Descemos umas escadas e chegamos em um local com belas armas, munição e

explosivos. Fico olhando tudo e os soldados nos cercam estranhamente.

- terminou sua carreira , ladra safada ! - grita um oficial chegando muito rápido - e

trouxe mais ladras para a armadilha ! - e dá uma gargalhada bem sonora.

Abaixo a cabeça e finjo chorar. As outras não entendem nada.

- Não ! - falo eu soluçando - não sabia sobre ela ! - e choro convulsivamente.

O sargento se aproxima rindo e me dá um tapa e grita:

- Não sabia de nada, heim? - e se aproxima de mim sem nenhuma cautela. É o

suficiente para desarmá-lo e colicar a Mauser no pescoço dele.

- A brincadeira acabou ! - e disparo na mão de um soldado que iria reagir - o próximo

será para matar ! - aplico uma coronhada no sargento quase o derrubando. Erna

desarma o oficial que se colocou ao lado dela e encosta a arma na nuca dele.

- Tudo bem ! Tudo bem ! - disse o oficial apavorado sentindo a temperatura no

cano - ninguém aqui fará nada ! Nos rendemos !

- Deitem no chào ! - grita Pétula meia nervosa. Ela olha para um soldado alto e forte

que que ainda não se abaixou - filho da puta ...amarre eles logo !

Não entendo nada mas vejo ele obedecer rapidamente.

- Está comigo até o pescoço e vai nos ajudar.

E assim ele faz e escolhemos armas e munição. Explosivos e um morteiro. Saimos

Rápido do lugar e vamos para o estacionamento . Alguns soldados chegam e o

amigo de Pétula abre fogo em rajadas e eles correm. Vamos até um caminhão e

entramos e Pétula guia o veículo enquanto o amigo dela fica na janela com a arma

preparada. O veículo se retira para uma rua deserta deixando tudo para trás.