Uma Rosa para Berlim - Treinamento em campo de concentração.

O dia 16 de maio começa com gritos de Erika nos

acordando. Somos obrigadas a nos preparar para uma

viagem. Lanchamos, fomos ao banheiro e depois saimos

junto com Erika e 10 militares. Meu tio vira as costas.

Somos levadas para um hospital militar onde nos

checam e nos dão remédio. Finda o dia e somos levadas

para Dachau , de helicóptero e protegidas. Em Dachau

somos treinadas para auxiliares de campo. Erika é a

nossa instrutora e é muito severa.

Os dias vão passando e ficamos frente-a-frente com

os prisioneitos. Me dá asco ao ver a covardia do ser

humano. Se é que podemos chamar se Ser Humano

quem maltrata um ser vivente. Ao perceberem isso,

nos colocam na cozinha. E assim passa o mês de maio

e começa o mês de junho. Nos retiram de Dachau e nos

levam para Buchenwald. Aqui estamos em contato dire

to com os homens que nos provocam o tempo todo.

Em Buchenwald recebemos o apelido de as cinco

cadelas da SS. Erika mata o preso que a teria indicado

como a sexta cadela. Os outros ficam apavorados e

não colocam apelido nela. Somos obrigadas a fazer a

contagem de certo grupo de prisioneiros. Com isso já

se vão quase um mês de treinamento e nos levam para

Sachsenhausen. Neste campo passamos a atuar na

cozinha e depois vigiando os muros. Todo tipo de presos

passam primeiro por nós e depois são colocados no

campo. Ficamos lá até começo de julho de 40. Depois

passamos pelo diretor de campo para aprender a dirigir

e administrar presos. No dia 20 de julho de 1940 , nós

somos retiradas e levadas para Ravensbrück. Me dá um

calafrio ao ver aquele campo de concentração. Fico

melancólica e chóro por vêr a maldade da raça humana.

Se é que podemos chamar de Ser Humano. Grandes

empresas vivem de trabalho escravo e , uma grande

empresa vive do trabalho forçado das presas para gas

tarem menos com folha de pagamento e crescerem

mais. As mulheres são obrigadas a trabalhar de graça

e não recebem nada por isso , tudo vai para a SS.