Uma Rosa para Berlim - Erna e Morrigan

O dia 26 de abril de 1940 começa com gritos da

responsável pelo local pedindo para todas acorda

rem. Eu acordo e depois Erna . Esta acorda Marija

com um tapa no rosto. Marija acorda com ar de a

borrecida e retruca:

- Me deixa em paz .

- Fala para a coronel ! - disse Erna rindo e ficando

nua em pelo e indo para o banheiro. Pouco mais

tarde estamos as três no desjejum junto com ou

tras garotas. Todas estão sorridentes e a chefona

berra a plenos pulmões.

- Hoje estarão livres para descansarem - vejo-a rin

do - Eu vou até o parque desanuviar as idéias.

Ela se retira e todas gritamos de alegria.

Pouco depois estamos no pátio sentadas.

- Conte-me sobre você - falo par Erna.

- Esta bem ! - disse Erna sentando entre eu e Marija.

Ela nos abraça e nos afaga - No mesmo dia que

seus pais morreram, ali começou minha atribulação.

Eu estava na sala quando minha mãe entrou choran

do e soluçando.

- Que aconteceu ?

- Mataram Klaus e o homem da GESTAPO.

- Como assim, mãe ?

- Klaus era espião e descobtiram.

- E você sabia ?

- Passou a ser minha segunda fonte de renda.

- Como segunda fonte...

- Por cada documento guardado eu ganho em ouro.

- Isso é traição , Mãe !- tiros e a porta da sala é arrom

bada e varios soldados entram apontando as armas

para minha mãe. Um tenente rechonchudo se apro

xima dela e coloca a Luger na cabeça dela.

- Trair a pátria é pedir para morrer.

Minha mãe está trêmula e seu olhar desesperado

volta-se para mim como se dissesse para eu cor

rer. Mas não corro . O que presencio é a cabeça

dela ser jogada para trás com um tiro à queima

roupa. Grito de pavor. Um temor e ódio toma conta

de mim e me jogo contra o oficial cravando minhas

unhas nele. Deixo o rosto dele em sangue e ele me

arremessa contra a parede. Tento voltar para a mi

nha mãe e não deixam. Atiram perto do meu pé e

saio correndo para o outro cômodo da casa. Os

soldados vão atrás e escuto uns tiros dado a minha

frente e entro com a porta se fechando. Levo um

susto com uma mão armada me puxando. De pron

to olho e reconheço a garota que trabalhava junto

com a minha mãe. Era a filha da cafetina. Uma la

dra e prostituta. Estava armada e foi quem atirou.

Ela é 1 ano mais velha que eu mas bem mais es

perta e rodada. Tem atualmente cerca de 1,77 m

de altura e cabelos de um tom castanho avermelha

do. Na época tinha uns 6 centímetros a menos.

- Se não morreu ! - corto eu.

- Não ! - disse Erna me olhando - está aqui na outra

ala e recebe visita de um general neste momento.

- Continue a contar ! - interrompe Marija curiosa.

- Pois é ! A garota sabe atirar e saiu largando tiro

nos soldados e depois me puxou para a saida dos

fundos. Corremos feito loucas. Ela vestia vestido

preto e longo e me conduziu por um matagal no

quintal do vizinho que gritou nos denunciando.

Corremos para uma velha casa e nos escondemos.

- Que faremos agora, Morrigan ?

- Ficar aqui até tudo se acalmar.

Aponto um vizinho nos denunciando para o tenente

e dois soldados. Morrigan municia a luger e faz rapi

damente 6 disparos e os quatro caem mortos.

Morrigan me puxa pelos braços e me leva para

o fundo do quintal. Pulamos a cerca e passamos en

tre os curiodos que, ao verem aquela garota armada,

nada fazem. Então começamos a correr e ganha

mos terreno entre nós e o local dos crimes.

Morrigan me levou com ela para um porão em

um bairro pobre e ficamos lá até tudo se acalmar.

Lá tinha comida e água estratégicamente escondida.