Fogão de lenha

Fumaça branca saindo pela chaminé.

O dia acabou de clarear.

A água está quase fervendo na chaleira de ferro em cima da primeira chapa.

No coador feito de pano, sob a plataforma de madeira com três pernas, estavam quatro colheres do bom café.

O dia começava ao redor do fogão de lenha.

Ali as primeiras conversas, com vozes ainda roucas aconteciam.

A vassourinha para varrer cinza encosta no canto do fogão.

Ao lado a gatinha solitária aquecendo seus pelos.

O café passava pelo coador e ia direto para o bule esmaltado.

“Eta” bule bom! Bule verde!

Fogão de lenha!

O dia todo aquecido, nele fazia-se as quitandas, o almoço e o jantar.

Nas suas labaredas aqueciam-se as canelas de papai e as mãos de toda prole. Assava batatas doces e pinhões no inverno.

Aqueciam-se as conversas, e longas histórias da genealogia familiar eram desenroladas por ali.

Fogão de lenha!

Vermelho e preto devido às queimaduras.

Seu forno temperado a zinco fino servia para enxugar e aquecer as meias molhadas .

Ele ia engolindo madeira e trazendo alegrias para a família inteira.

Fogão de lenha!

É isso aí!

Acácio Nunes

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 30/03/2015
Código do texto: T5189076
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